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8 DE MARÇO DE 1985

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E para o ano lectivo de 1984-1985?

Admitindo uma hipótese mais vantajosa (se bem que utópica) que todos os alunos do 9.° ano da Escola Secundária da Portela concluíam o ano com aproveitamento, deixando vagas na escola teríamos:

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Mesmo admitindo que não haveria crescimento de inscrições para o 7.° ano, em relação ao ano anterior, teríamos para o próximo ano lectivo, com 690 inscrições da Escola Preparatória Gaspar Correia:

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Teríamos assim 327 alunos sem lugar na escola (e 124 a conduzir para o anexo junto ao RALIS).

Os números reais serão concerteza superiores aos atrás apurados,, pelas seguintes razões:

Haverá concerteza «chumbos» entre os alunos do 9.° ano da escola;

O número de inscrições para o 7.° ano deverá ser superior ao do presente ano lectivo;

A escola deveria funcionar com um número menor de alunos (há turmas que actualmente funcionam com 26 a 35 alunos).

Concluiu-se pois que a escola atingiu já uma situação de completa saturação (mais que saturação), obrigando a ura número excessivo de alunos por turma, que se reflecte negativamente em todos os aspectos das actividades escolares que nela se desenvolvem.

Como necessariamente a população escolar continuará a crescer, a única possibilidade de os filhos dos moradores da Portela terem, nos próximos anos, acesso a uma escola secundária na área da sua residência, é que seja imediatamente iniciado o processo de construção na Portela, de uma nova escola secundária com capacidade suficiente para abarcar a população escolar desta área e de Moscavide.

Prevemos pois que dos alunos a inscrever no 7.° ano, mais de SOO não tenham lugar na escola (sede).

A escola actual constituía uma solução provisória

Tendo entrado em funcionamento há cerca de 5-6 anos, constituía uma solução provisória com um horizonte de 3 anos até à construção de uma escola definitiva; porém nem sequer há projecto para esta escola.

São do conhecimento geral os problemas que a prorrogação desta situação tem originado (no presente ano lectivo a escola não funcionou durante quase todo o primeiro período escolar), que só foram minimamente resolvidos pelo Governo quando este foi colocado perante o facto consumado de a escola ter encerrado, e posta em causa a sua imagem pública através das movimentações dos pais, mostrando a incompetência deste.

Nesta altura há na Escola salas onde o chão apodreceu e abriu buracos onde já caíram professores e alu-

nos. Há também necessidade de reparar alguns estores e parte da vedação, tomando-se necessário que os serviços responsáveis por estas obras as efectuem (o conselho directivo da Escola oficiou já as Direcções-Ge-rais do Ensino Secundário — Construções Escolares — Equipamento Escolar).

As elevadas taxas de insucesso escolar são também expressão da degradação das condições de trabalho da Escola.

Se as obras necessárias não forem realizadas em tempo útil, provavelmente os pais terão de se movimentar para exigir dos responsáveis governamentais a sua concretização.

Os nossos filhos têm sido privados de aulas de educação física

Não há ginásio na Escola, nem instalações com ca pacidade e condições para ser ministrado um programa mínimo de educação física.

Para o próximo ano lectivo o conselho directivo propôs ao conselho pedagógico e à Direcção-Geral áo Ensino Básico c Secundário (Ministério da Educação) que todos os alunos passem a frequentar, uma vez por semana, aulas de educação física no «ginásio» do anexo junto ao RALIS.

Esta situação constitui um mal menor em relação à situação anterior, já que:

Obriga à deslocação das crianças para fora da sua área de residência, com todas as dificuldades inerentes (transportes, o mais provável a pé, o que é mau em dias de chuva; atravessamento da estrada em frente ao RALIS que, mesmo com os semáforos em funcionamento constitui um perigo, em especial para as crianças de mais tenra idade);

O «ginásio» do anexo tem deficiências de cobertura que é urgente reparar.

A solução correcta para a implementação do programa oficial de educação física passa pela necessária construção de um ginásio em condições, o que se prende com a construção da escola definitiva.