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28 DE FEVEREIRO DE 1986

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55 — O sucesso do OFAJ é devido ao facto de que, apesar das suas diferenças políticas e pedagógicas, um grande número de organizações e instituições que se dedicam à juventude nos dois países se dispuseram a participar nos intercambios franco-germánicos. Os parceiros do OFAJ são associações de jovens, autoridades ligadas à juventude, associações desportivas, sindicatos, câmaras de comércio, estabelecimentos de ensino, universidades, institutos de línguas, comités de cidades gémeas e autoridades locais.

56 — O trabalho do OFAJ é financiado por um fundo comum para o qual os governos da França e da República Federad da Alemanha contribuem em partes iguais. Enquanto em 1963 os dois governos contribuíram com 20 mlhõcs de marcos cada um, em 1985 as contribuições governamentais totalizaram 38 milhões de marcos. Indubitavelmente, as restrições orçamentais, tanto em França como na República Federal da Alemanha, colocaram sérios entrr.ves ao trabalho do OFAJ nos últimos anos. Isto é, na verdade, lamentável, visto que o interesse pelas activdades do OFAJ aumentou gradualmente e poderem ser alargadas facilmente se existissem mais fundos disponíveis.

57 — Porém, o sucesso do OFAJ não se pode medir apenas em termos do número de actividades e de pessoas envolvidas. Ele reside, em primeiro lugar, na extraordinária mudança da mentalidade pública dos dois lados do Reno. A Alemanha e a França são, sem dúvida, o país favorito um do outro (31). Ê óbvio que o OFAJ não pode reclamar todo o crédito por esse facto, mas tem sido um dos meios mais importantes na restauração da confiança entre franceses e alemães, o que constitui a base da paz na Europa.

B) A iniciativa do intercâmbio juvenil internacional do Presidente Reagan

58 — Quando, em Maio de 1982, o Presidente Rear gan comunicou a sua inicativa de intercâmbio juvenil internacional, pretendeu evitar os problemas financeiros que se tinham colocado ao OFAJ. Os custos desta iniciativa são suportados pelos sectores público e privado americanos; este método de financiamento do programa é certamente uma das razões do sucesso do plano de Reagan.

59 — O plano de Reagan não é um programa de intercâmbio mas sim uma tentativa de juntar os esforços de um grande número de organizações já existentes dedicadas ao intercâmbio sem fins lucrativos e cuja competência é plenamente reconhecida pelo Governo dos Estados Unidos. A United States Information Agency (Agência de Informações dos Estados Unidos) estimula e coordena os fundos destas organizações e ajuda-as a expandir a sua capacidade com a finalidade de obter um grande aumento de intercâmbio juvenil entre países com objectivos semelhantes.

60 — Quando anunciou o seu plano na Primavera de 1982, o Presidente Reagan exprimiu a esperança de que, através do aumento do intercâmbio juvenil, se fortalecessem os laços entre os jovens e que, ao mesmo tempo, um maior número de futuros dirigentes dos Estados Unidos e dos seus aliados ocidentais participassem nos assuntos internacionais numa fase precoce e formativa das suas vidas. O plano original destinava-se ao grupo etário dos 15 ao 19 anos dos

países representados na Cimeira de Versalhes em Junho de 1982: Canadá, França, República Federal da Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Por conseguinte, a inicativa não se concentrou apenas na Aliança nem abrangeu a maioria dos países que a constituem; um dos seus objectivos expressos era o fomento da compreensão do papel da Aliança.

61—O plano de Reagan foi um sucesso desde a sua concepção. Um conselho especial de âmbito presidencial — o Council for International Youth Exchange (Conselho para o Intercâmbio Juvenil Internacional)—, formado por mais de 100 dirigentes americanos ligados aos negócios e ao ensino, foi de uma importância extrema na promoção da iniciativa e na angariação de fundos para juntar às contribuições do Governo Federal. No¡ano passado, os fundos do Governo Federal e os aproximadamente 4,2 milhões de dólares angariados pelo Conselho tornaram possível a mais de 7000 jovens participarem num programa de intercâmbio. Também em 1984, dez outros países foram incluídos na iniciativa: a Áustria, a Costa Rica, a República Dominicana, a Jamaica, a Indonésia, a India, a Costa do Marfim, a Tailândia, o Togo e o Botsuana. Esta expansão pode ser tomada como medida do sucesso deste empreendimento específico e como um esperançoso incremento do intercâmbio juvenil internacional, mas esperemos que a inclusão de um número de países tão diferentes entre si não seja prejudicial para o objectivo primordial da iniciativa.

C) O programa de intercâmbio juvenil entre o Congresso e o Bundestag

62 — O programa entre o Congresso e o Bundestag é um projecto limitado para o intercâmbio de estudantes escolares e jovens que desejam aprender uma profissão, a realizar entre alemães e americanos. Em 1983, 300 anos após a chegada à América do Norte dos primeiros emigrantes alemães, o programa foi concebido por membros do Congresso dos Estados Unidos e do Bundestag da Alemanha Federal com a intenção de aumentar os contactos entre os membros da nova geração dos dois países.

63 — Tanto nos Estados Unidos como na Alemanha Federal o intercâmbio é feito através de organizações privadas de intercâmbio juvenil com longa experiência em programas educacionais de intercâmbio juvenil alemão-americano: a Youth for Undersrand-ing, AFS International/Intercultural Programmes, The Experiment tn Internationl Living e a Carl Duisberg Society. Nos Estados Unidos, para fins administrativos, o programa entre o Congresso e o Bundestag é considerado como parte da iniciativa de intercâmbio juvenil internacional do Presidente. No entanto, a United States Information Agency (Agência de Informações dos Estados Unidos) não trata este programa do mesmo modo que outros intercâmbios no âmbito da iniciatva, pois o Congresso tem uma responsabilidade especial relativamente aos seus objectivos, estando também encarregue da sua supervisão e financiamento.

64 — Os estudantes que participaram no programa entre o Congresso e o Bundestag recebem bolsas de estudo que englobam um ano numa escola de nível secundário e despesas de viagem, orientação e estudo da língua. Os participantes ficam hospedados em casas particulares. O programa inclui recepções e encontros