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II SÉRIE — NÚMERO 36

com membros do Governo nos dois países, seminários sobre comparação de formas de governo e uma vasta informação sobre política externa e política internacional em geral.

65 — As bolsas de estudo para o programa de intercâmbio juvenil entre o Congresso e o Bundestag são atribuídas por concurso. Na Alemanha, cada membro do Bundestag participante procede à selecção final e designa um jovem do seu distrito. Nos Estados Unidos as selecções são feitas pelas organizações participantes, com base no mérito dos concorrentes; os membros do Congresso não participam na selecção dos candidatos. Em 1985-1986 participarão 520 alemães e 496 americanos. O custo total do programa é de, aproximadamente, 5 milhões de dólares anuais, divididos igualmente entre os Estados Unidos e a Alemanha Federal.

IV — Como melhorar o diálogo politico

66 — Seria inexacto afirmar que a nova geração, no seu conjunto, reage com indiferença ou radicalismo aos problemas que se lhe deparam na sociedade moderna. O relator apontaria a independência, a autoconfiança, a curiosidade e o dogmatismo como aspectos muito mais característicos da geração mais nova dos nossos dias. Isto, porém, não deve ser entendido como significando que o diálogo político entre a nova geração e os dirigentes políticos tenha atingido o seu fim, como já se tentou demonstrar neste relatório. O relatório crê que a melhoria do diálogo político é indispensável para salvaguardar e fortalecer a confiança da nova geração na sociedade democrática ocidental e na cooperação da Aliança.

67 — Devem ser aumentadas as oportunidades de os jovens compreenderem e participarem realmente na política. É necessário realismo para avaliar a verdadeira extensão do problema da nova geração e toda a nossa habilidade para influenciar o diálogo político. A introdução ao presente relatório acentuou as diferenças significativas entre os países da Aliança. Deste modo, as observações e propostas que se apresentam neste capítulo não se aplicam a todo e qualquer país membro da NATO. No entanto, o presente relatório deveria ser considerado como um incentivo à acção, dirigido tanto aos políticos como aos não políticos. Incumbirá aos dirigentes políticos e aos grupos interessados fazer aplicar algumas das recomendações feitas no presente relatório que eles considerem convenientes, depois de as adaptarem às características do seu país.

Â) A abertura da política

68 — Os jovens têm, sem dúvida, um potencial político que ainda não foi completamente reconhecido pelos sistemas políticos. Os partidos políticos várias vezes beneficiaram da energia, dos novos horizontes e da imaginação dos jovens e, presentemente, muitos possuem secções de juventude que têm bastante sucesso. Estes jovens activistas representam uma ínfima fracção da sua geração, uma vez que apenas um pequeno número de pessoas em cada geração gasta uma grande parte do seu tempo na actividade política. Conforme já foi referido no presente relatório, muitos jovens encontram-se insatisfeitos com a política «ofi-

cial», através da qual não conseguem exprimir-se suficientemente. Ê essencial que a política —a política realista — tenha sentido para a maioria dos jovens.

69 — Trata-se de um verdadeiro problema que cs políticos devem combater nas suas actividades diárias, através do diálogo em linguagem simples, imediatamente compreensível para todo o público e para os jovens em particular. Esta é, obviamente, uma recomendação geral a fazer. Os partidos políticos e os políticos, porém, beneficiariam se tomassem em consideração este aspecto. Os partidos políticos recusam-se a correr c risco de aceitar sangue novo e novas ideias. Embora as características de uma recomendação tão genérica variem de país para país e mesmo de partido para partido, convém acentuar aqui a sua importância e exprimir a esperança de que seja recordada.

B) Tornar a defesa compreensível

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70 — A política internacional e a defesa em particular estão entre as questões políticas de mais difícil comunicação ao público, uma vez que parecem tão distantes das preocupações diárias. Não é o caso. As recomendações que se seguem têm por objectivo uma melhor comunicação desta atitude realista às gerações mais novas da Aliança.

71 — Quando reparamos na atitude da nova geração relativamente à segurança internacional e à defesa nacional, apercebemo-nos de que a Aliança é geralmente aceite como a melhor garantia para a paz e segurança internacional e que os jovens — em geral — mostram uma tendência para olhar mais favoravelmente para a necessidade de defesa nacional que há alguns anos atrás. No entanto, ainda é bem notório o grau de despreocupação relativamente à defesa. O facto de muitos jovens verem a NATO como uma organização puramente militar é apenas um exemplo deste mal-entendido, para o que — mais uma vez — a insuficiência de comunicação parece ser a principal razão. Os responsáveis pela política — tanto os militares como os políticos — deveriam aumentar os seus esforços no sentido de fomentar nos espíritos dos jovens a necessidade de defesa.

72 — Os jovens deveriam ser consciencializados do modo como começou e se desenvolveu a NATO e do papel crucial da Aliança na salvaguarda da sociedade democrática ocidental. Neste aspecto, a importância do ensino é óbvia e os políticos deveriam zelar para que os princípios de defesa e de cooperação da Aliança fossem referidos nos programas escolares. Embora o ensino seja certamente o meio de comunicação mais importante, não é o único. A eficácia da Direcção da Informação da NATO, dos comités atlânticos nos respectivos países da NATO e dos serviços nacionais de política externa e informação sobre a defesa deveria ser alargada através do aumento dos fundos e do pessoal e de alterações de organização que se mostrassem necessárias. Tal como a linguagem dos poUticos, o vocabulário relativo à defesa necessita de uma remodelação drástica de modo a livrar-se da sua fria e burocrática impersonalidade. A utilização de siglas como M1RV, ABM, SDI e mesmo CSCE dá uma impressão de abstracto e distância bastante alarmante e que deve ser evitada. Nas democracias livres, era que a responsabilidade para com o eleitorado é a norma para a tomada de qualquer decisão política,