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II SÉRIE — NÚMERO 38

tiluidas por uma liga de Al com um espectro idêntico aos das amostras A, B, I e 1.

A montagem em plexigkis c uma montagem corrente em exames metalográíicos e, para alem das vantagens referidas no segundo parágrafo do n.' 2.3 do mesmo relatório, é utilizada sempre que sc torne necessário facilitar o manuseamento de amostras diminutas, como era o caso.

2 — Quando um feixe de radiação X, de intensidade lo, atravessa um material homogéneo dc espessura e, a intensidade do feixe transmitido / c dada por

l—h exp. (—u.e)

em que u. é o chamado coeficiente de absorção linear.

Por outro lado, o coeficiente de absorção linear 6 proporcional ao cubo do número atómico Z do elemento absorvente c à densidade desse elemento no meio atravessado pela radiação X, is'o é ii = K' cl Z\ cm que K' é um parâmetro dependente do comprimento de onda da radí^cHo.

Daqui resulta que a intensidade da radiação que atinge a chapa fotográfica numa radiografia diminui exponencialmente com:

a) O aumento da espessura e do material atravessado;

b) O aumento da densidade d do material;

c) O aumento do número atómico Z.

Para uma mesma espessura de material atravessado, o escurecimento obtido sobre a chapa fotográfica (eme é tanfo maior quanto maior for a intensidade dc radiação X transmitida) varia, portanto, substancialmente com d c Z? pelo que a comparação entre o escurecimento correspondente a material «ósseo» e «não ósseo» terá dc ter isso cm consideração. Isto c. dado que o material ósseo é bastante poroso (e, portanto, de baixa densidade) e c constituído, para além do cálcio, ror elementos dc número atómico bastante inferior (C. O. P. etc), é incorrecto afirmar que qualquer mancha dc uma radiografia mais clara que a correspondente a material ósseo trrá dc ser devida a um elemento de número atómico superior ao do cálcio: quer um aumento local dc densidade quer um aumento local da méd;a ponderada dos números atómicos podem dar origem a lais manchas.

2 — Resultados da reapreciação radiológxa

Não foi solicitada, no rimhito da presente CEIAC, repetição do exame do LNFiTÍ a que sc fez rcferênc;a no ponto anterior, nem requerido exame às partículas enccnir:>d>"« nas rcnns (

Foi requerido, porém, c despachado favoravelmente, o pedido de um narecer ao Doutor Luís Aires dc Sousa, professor catedrático dc Radiologia da Universidade Neva àe l.;sbca. solnv a ;mí'iV« (|as imagens radiológicas obtidas squando da exumação.

2.1 — Questões colocadas

Prctcndia-sc indagar especificamente se, pela observação da imagem radiográfica, seria ou não possível concluir com absoluta cerleza da natureza metálica dos fragmentos assinalados; se a opacidade radiográfica dos fragmentos possibilitaria admitir a hipótese dc os mesmos pertencerem à liga de alumínio dc que é construída a aeronave; se os fragmentos visíveis nas radiografias poderão ser imagens resultantes de melais previamente fundidos; se as imagens radiográficas permitem determinar a profundidade a que os fragmentos sc encontravam nos calcâneos do piloto forge dc Albuquerque; se os contornos, dimensão, dispersão e multiplicidade dos fragmentos indiciam, de alguma forma, a sua proveniência; qual a explicitação para a sua existência e localização; qual a razão por que estes fragmentos apenas foram detectados no piloto comandante c somente na zona dos pés do piloto; que resultados se extraem, segundo a experiência médica, da comparação com imagens radiográficas semelhantes às observadas; como ajuizar as fracturas dos ossos dos pés onde se encontraram alojados os fragmentos dcteclados aos raios X; qual a possibilidade dc, através do exame da localização, dispersão dos fragmentos c previsível trajectória, determinar aproximadamente u zona, na aeronave, a partir da qual sc produziu essa dispersão.

2.2 — O parecer do Prof. Aires de Sousa: resumo

O parecer elaborado na sequência, datado dc 23 de |unho de 1986, c transmitido à Comissão assinala liminarmente que procurou extrair e conjugar lodos os elementos passíveis dc serem colhidos do material radiográfico facultado, que são, no seu entender, os seguintes:

a) «As parles moles mostram sinais de deterioração correspondente à decomposição do cadáver no tempo entretanto decorrido. Assinalam-se múltiplas imagens radiepacas de pequenas dimensões, de contorno e tamanho variável, dispersas nas parles moles. Muitas delas tem arestas vivas, não tendo características de pedaços dc metal fundido.»

b) «Quanto à densidade radiológica, não há qualquer dúvida dc se tratar dc metal dc elevado coeficiente dc absorção. Não é possível determinar radiologicamente qual o melai ou liga. mas pode concluir-se não sc tratar dc fragmentos dc liga dc alumínio iguais aos que constam das radiografias também oblidas a pedaços da fuselagem do avião.»

Tal conclusão comporta, porém, ressalva de que não foram facultadas (c logo examinadas) radiografias dc outras peças do avião ou seus fragmentos para comparação de densidade radiográfica.

c) «Não há fragmentos metálicos dentro dos ossos, lodos se confinando às parles moles. Há alterações das relações anatómicas na articulação líbio-lársica direita c dc algumas articulações mctalarso-ralângieas direitas. Estes aspectos sugerem relação com a decomposição do cadáver. Também a perda de algumas falanges pode ter o mesmo significado ou ter resultado dc carbonização aquando do acidente.»

rf) Salienta-se que «nas zonas dos calcáneos direito e esquerdo, c ainda no terço distai de ambas as pernas, se projectam diversos fragmentos dc densidade

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