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18 DE OUTUBRO DE 1994

2-(459)

Por último, e para terminar esta breve síntese dos objectivos e políticas para 1995, queremos salientar que o Orçamento do Estado se apresenta como um orçamento de rigor, orientado para as famílias e empresas, que procura contribuir para a concretização gradual das aspirações dos Portugueses em áreas fundamentais (por exemplo, educação, saúde, habitação, segurança social) e para os objectivos apontados de consolidação da recuperação da economia, do relançamento do investimento e de defesa e promoção do emprego.

II — Enquadramento macroeconómico

II. 1 — Economia internacional

As projecções dos organismos internacionais confirmam a recuperação da economia mundial em 1994 e 1995. Com a fase de expansão da economia- norte-americana em consolidação, e com claros sinais de retoma na Europa e alguns indícios no Japão, espera-se que o PIB a nível mundial se expanda 3,1 % este ano e 3,6% em 1995, próximo da tendência de crescimento das últimas duas décadas (quadro n.l).

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Entre os países subdesenvolvidos as situações são muito díspares, com a Ásia a manter um ritmo de crescimento de cerca de 8 %, enquanto a África deve acelerar o seu crescimento de 0,5 % em 1991-1992 para 4,5 % em 1995, devido à melhoria das razões de troca e aos resultados positivos dos programas de ajustamento. As economias em transição devem continuar a registar fortes quebras de produção, mas com tendência para a estagnação em 1995.

Depois da desaceleração registada em 1993, devido à quebra do comércio intracomunitário na UE, o comércio mundial está já a registar um forte aumento, crescendo cerca de 6,5 % em 1994 e 1995, acima da tendência de médio prazo. Esta evolução esconde ainda grandes diferenças entre as várias regiões (gráfico u.l), com o comércio das economias asiáticas dinâmicas a crescer a um ritmo superior a 12 % nesta primeira parte da década, e a zona da OCDE a registar uma aceleração, de 1 % em 1993 para cerca de 5 % em 1994 e 1995. O comércio dos países subdesenvolvidos está também a crescer a ritmo elevado, estimulado pelos programas de liberalização do comércio externo nos últimos anos e pelos elevados fluxos de itvve&VÍTt\eTiXo directo estrangeiro para a Ásia e América Latina.

GRÁFICO II. I

Taxas de crescimento do comércio externo

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"VER DIÁRIO ORIGINAL"

A inflação continua sob controlo na maioria dos países industrializados. Apesar da recente subida das expectativas inflacionistas nos mercados financeiros internacionais, segundo o FMI deverá verificar-se uma taxa de inflação agregada nos países industrializados de 2,4% em 1994 e de 2,7% em 1995 (quadro u.2). Apenas nos EUA se deverá registar uma aceleração.

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O alastramento da retoma nos países industrializados, conjugado com a desvalorização do dólar americano, levou a uma forte subida do índice de preços de mercadorias, como mostra a evolução das suas cotações nos mercados internacionais (')• Contudo, esta subida vem no seguimento de fortes descidas que ocorreram desde 1986 e, em particular, no decurso do ano passado. Na evolução das taxas de juro de curto prazo, as previsões dos organismos internacionais apontam para uma subida das taxas do dólar, reflectindo as decisões que têm sido tomadas pelo FED uma ligeira subida para o iene e uma pequena descida para o marco, embora neste caso as declarações recentes do Bundesbank façam prever uma evolução estável nos próximos meses.

Por seu turno, as taxas de juro de longo prazo experimentaram uma acentuada subida em termos nominais e reais, o que constitui uma importante preocupação para os governos a nível mundial. Desde o início de 1994 que os yields das obrigações a longo prazo dos países industrializados têm subido acentuadamente (cerca de 190

(') Ó índice calculado pelo Economist Intelligence Unit mostrava um crescimento de 41,9 % no início de Outubro de 1994 relativamente aos últimos 12 meses.