O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2-(460)

II SÉRIE-A — NÚMERO 1

pontos de base entre Janeiro e Junho 1994, tendo nalguns casos atingido os 300 pontos de base). Embora parte deste movimento seja explicado pela grande redução dos yields verificada em 1993, a rapidez e persistência da subida não deixa de ser preocupante, atingindo também os principais mercados (gráfico n.2).

tírãfko 11.2 Yttlds das obrlgaçòes a Longo Praio

(em percentagem)

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

A crescente integração dos mercados financeiros internacionais concorre para que a taxa real de equilíbrio seja apenas determinada pela interacção da procura e oferta globais, e que alterações da procura e oferta em cada país sejam, cada vez mais, satisfeitas por movimentos de capitais. Mesmo assim, os yields das obrigações podem divergir entre países devido a diferentes expectativas inflacionistas, alterações esperadas de taxas de câmbio e vários riscos específicos.

O carácter simultâneo das subidas evidencia a importância de factores globais neste fenómeno. De entre estes destaca-se o alastramento da retoma e a persistência de elevadas necessidades de capitais para o investimento, sobretudo nos países asiáticos e em transição, agora aumentadas pelas necessidades de investimento nos países industrializados para elevação da capacidade produtiva. A evolução das obrigações indexadas de alguns países sugere que a taxa de juro real terá subido entre 1 e 1,5 pontos percentuais na primeira metade do ano.

Porém, as subidas nos yields foram diferenciadas por países, indicando a importância de factores nacionais específicos. As subidas nos yields mais acentuadas verificaram-se na Suécia, Finlândia, Austrália e Canadá (mais de 290 pontos base entre Janeiro e Junho 1994) e as mais baixas na Suíça, Holanda, Alemanha e Áustria (menos de 130 pontos base). Estudos efectuados revelam a existência de elevadas correlações com a reputação anti--inflacionista e com os elevados défices ou rácios de dívida pública dos diferentes países. Estes resultados mostram a importância da consolidação orçamental de médio prazo como condição de dinamização do investimento.

Um outro aspecto importante na recente evolução da economia internacional é o forte aumento dos fluxos de capitais para os mercados emergentes e países subdesenvolvidos. A média anual deste fluxo atingiu 30 000 milhões de dólares, em 1977-1982, mas desceu para 9000 milhões em 1983-1989, em consequência da crise da dívida externa dos países subdesenvolvidos. Os anos mais recentes (1990-1993) apresentam uma média anual de 94 000

milhões, em grande parte orientados para investimentos financeiros nos mercados emergentes e para investimento directo na Ásia e América Latina.

11.1.1—Economia comunitária

Depois de ter atingido o ponto mais baixo do actual ciclo económico no 1.° trimestre de 1993, a economia comunitária começou a sair da recessão no 4.° trimestre desse ano. Estima-se que, no 1.° trimestre de 1994, a taxa de crescimento do PIB tenha já ultrapassado os 1,5%, tendo alguns países anunciado estimativas para o 2." trimestre que denotam a continuação ou o aumento daquele ritmo. Também a produção industrial, que havia caído de 5 % entre os primeiros meses de 1992 e a primeira metade de 1993, crescia já ao ritmo de 2 % no final do ano passado.

O indicador de confiança da UE subiu 5 pontos percentuais desde os meados de 1993 até Julho de 1994, passando a estar ao nível de 1991. Também o indicador avançado da OCDE para a UE mostrava continuada melhoria da situação económica. As previsões de crescimento do PIB da UE para 1994 têm vindo a ser revistas em alta (de 1,3 % no Outono de 1993 para 1,6 % na Primavera de 1994).

UKi Ta» o> CradaM*** Rol 4a F1B 0«« fai.lai Moabraa (ca, atroataataad

 

1990

IMI

im

im

im

1.)

ms

3J

 

1.3

1.«

M

0,1

1 Oàmara

1.4

1.0

1.3

i.i

1.1

5.1

Ato-*.

S.T

 

3.1

-1.3

1,9

3.«

Orttt»

-t.l

 

0.9

•0.1

0.1

05

 

>.*

3.3

0.1

-1.0

1.1

%M

Fm*

3.S

o.t

t.«

-©.7

l.t

3.1

trtacd*

».ô

X*

«.»

vu

«.3

4.4

 

3.1

1.3

0.1

•0.7

U

3.1

 

3.3

yt

1.»

0.3

1.»

*"* 1

 

O

3.)

1.**

o>

1.5

i.s G

j>vtt«tl*'

•u

1,3

14

•1.0

l.l

3v0 |j

R*fa» Urito

0.4

•m

■0.3

1.9

3.s

2,>

UK

1.0

J.S

1.1

-OJ

■u

1.«

 

Proa: Combato úa UB lPiY*bOu ca Prtaama At IP*4>. Fusco oa *ora»ai

Segundo as projecções pará 1994 e 1995 da Comissão da UE elaboradas na Primavera de 1994 (quadro n.3), os países que experimentam um ritmo de recuperação mais acentuado são a Irlanda e a Dinamarca. O Reino Unido já havia saído da recessão mais cedo que os outros países. Para á Alemanha, a Comissão prevê um crescimento de apenas 1,3 % em 1994, mas estatísticas entretanto conhecidas indicam que o ritmo de crescimento no 1.° semestre de 1994 se acentuou. A evolução da economia francesa segue de perto a alemã, prevendo a Comissão um crescimento próximo dos 3 % em 1995. A economia espanhola, depois da recessão de 1992-1993, evidencia em 1994 igualmente sinais crescentes de recuperação.

Os principais factores que estão por detrás desta recuperação na UE são:

/) O elevado ritmo das suas exportações para os EUA, Ásia e Europa de Leste (por exemplo, nos primeiros quatro meses de 1994 as exportações da Alemanha para estes países cresceram mais de