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18 DE OUTUBRO DE 1994

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Sublinhe-se que Portugal continua a ter a mais baixa taxa de desemprego da União Europeia, excluindo o Luxemburgo.

É conhecido o desfasamento temporal entre o momento da recuperação da economia e o impacte a nível do emprego, pelo que é de esperar que, com a consolidação da retoma económica, se verifique gradualmente um crescimento da oferta de postos de trabalho, com e feitos positivos sobre a taxa de desemprego.

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Os recentes inquéritos ao emprego do 1NE evidenciam já alguns sinais favoráveis. Segundo o inquérito do 3." trimestre, o emprego aumentou já 1,4 % em relação ao 1trimestre (mais 60 000 postos de trabalho). Em relação ao período homólogo do ano anterior, o aumento cifrou-se em 0,8 %, devendo notar-se que a população activa e a taxa de actividade registaram acréscimos superiores, nà ordem, respectivamente, dos 2,1 % e 1,1 %. Mas apenas com a intensificação do ritmo de crescimento económico será possível obter um impacte maior e mais duradouro na criação líquida de emprego.

É a obtenção de um diferencial positivo de crescimento da produtividade que permitirá aos trabalhadores portugueses aproximar, progressivamente, o seu nível de vida dos que disfrutam os seus congéneres europeus, sem reduzir a competitividade da economia.

11.2.4 — Balança de pagamentos

O saldo da balança de transacções correntes (BTC) (com base nas liquidações), de acordo com o Banco de Portugal, apresentou um excedente de 133 milhões de contos em 1993, equivalente a 1 % do PD3. Na base de transacções, e após uma correcção da subavaliação das importações pelas razões atrás referidas, a BTC apresentou um ligeiro saldo negativo de 28 milhões de contos, ou seja, 0,2 % do PIB. Segundo os dados já conhecidos para os seis primeiros meses de 1994, o saldo da BTC (com base nas liquidações) revela um défice de cerca de 122,7 milhões de contos (aproximadamente 0,8 % do PIB).

O comportamento da balança de capitais, durante o ano de Í993, foi fortemente influenciado pela liberalização total das operações com o exterior. As contas de residentes no exterior, quase totalmente vedadas até final de 1992, registaram um movimento a débito de 1800 e a crédito de 1700 milhões de contos, reflectindo em grande parte operações no offshore. As aplicações de residentes em títulos estrangeiros registaram um acréscimo de 350 milhões de contos, enquanto o investimento líquido estrangeiro em títulos nacionais registou um valor de 250 milhões de contos.

Estas evoluções são esclarecedoras das transformações estruturais que se estão a verificar nas carteiras de activos de residentes e estrangeiros com influência sobre o escudo, traduzindo a integração, a elevado.ritmo, do sistema financeiro português no mercado financeiro internacional.

A posição externa de Portugal continua sólida, mantendo-se o País como credor líquido do exterior no final de 1993, posição que era partilhada por um número reduzido de países industrializados. O saldo da posição externa líquida total era em finais de 1993 de 1003 milhões de contos, contra 546 em 1990 (ou seja, um excedente líquido de 7,3 % do PIB contra 5,6 % em 1990).

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IB OMaaa □ Ouro (preços da morcado) a ECua oficiara [

Fonte: Banco de Ponuaj»)

Em Agosto de 1994, as reservas de ouro e divisas do Banco de Portugal atingiam o montante aproximado de 22 000 milhões de dólares, com o ouro avaliado a preços de mercado (gráfico n.4), o que continua a representar um dos maiores rácios a nível mundial em termos de cobertura de meses de importação (10 meses), apesar das reduções que ocorreram entre meados de 1992 e 1994.

11.2.5 — Mercados monetário e de capitais

Com a participação do escudo no MTC do SME, a partir de Abril de 1992, e com a liberalização plena dos movimentos de capitais no final desse ano, a situação monetária interna passou a estar mais influenciada por factores externos e, em particular, pela alternância de períodos de acalmia e turbulência nos mercados internacionais.

• Após as tensões no SME verificadas em 1992 e no Verão de 1993, e com o realinhamento de algumas moedas e o alargamento das bandas de flutuação para ± 15 %, pode dizer-se que o sistema tem funcionado de forma adequada. Sem prejuízo de movimentos especulativos esporádicos, a generalidade das moedas tem-se movimentado no interior das antigas bandas de flutuação.

O Banco de Portugal, de harmonia com as orientações da política económica, prosseguiu a defesa da estabilidade cambial, como elemento determinante da estabilidade do quadro macroeconómico.

Entre Abril e Junho, o Banco combateu com firmeza e eficácia movimentos especulativos contra o escudo, OS