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29 DE OUTUBRO DE 2020

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a) Fase de emergência, centrada na resposta sanitária, mas que também visou apoiar as empresas e os

trabalhadores num momento de redução drástica da sua atividade, evitando assim a destruição irreversível de

empregos e de capacidade produtiva;

b) Fase de estabilização, que decorrerá até ao final do presente ano, para ajudar trabalhadores, famílias e

empresas a ultrapassar as dificuldades provocadas pela pandemia, apoiando uma retoma sustentada da

atividade económica;

c) Fase de recuperação, dirigida à adaptação da economia portuguesa a uma realidade pós-COVID-19.»

Os impactos da crise pandémica no cenário macroeconómico previstos no Orçamento do Estado para

2021, revelam-se, no entanto, mais negativos em relação às projeções anteriormente assumidas no

Orçamento do Estado Suplementar para 2020 (junho de 2020). A contração estimada do PIB para 2020 foi

revista para 8,5% em comparação com os 6,9% subjacentes no Orçamento do Estado Suplementar «resultado

de uma quebra mais acentuada, face ao então estimado, nas componentes do consumo privado e

exportações, assim como de uma contração do consumo público».

Por consequência, «para 2021 perspetiva-se uma recuperação da economia portuguesa, com um

crescimento real do PIB de 5,4%», um aumento de 1,1pp face à previsão anterior. Este crescimento «reflete

um contributo positivo, tanto da procura interna (4,1 p.p.), como da procura externa líquida (1,3 p.p.), por via de

um maior dinamismo das componentes de consumo privado, investimento e consumo público, e de um

crescimento das exportações mais intenso que o esperado para as importações». O Governo refere ainda que

este crescimento «está em linha com o crescimento esperado para a área do euro, que deverá situar-se em

6,1% (8,7% em 2020) de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia (julho de 2020)».

É previsto ainda um crescimento no consumo privado de 3,9% em 2021, após uma quebra de 7,1% em

2020. O consumo público deverá crescer 2,4%, depois de uma queda de 0,3% em 2020. O Governo assume

que esta recuperação «pressupõe um menor nível de incerteza, face a 2020, e uma gradual melhoria no

mercado de trabalho, levando a um ligeiro aumento no rendimento disponível das famílias e a uma redução da

taxa de poupança.»

As estimativas e previsões apresentadas no cenário macroeconómico é comum ao Orçamento do Estado e

foi endossado em parecer pelo Conselho de Finanças Públicas.

Quadro 1. Cenário macroeconómico 2020-2021

Fontes: INE e Ministério das Finanças.

2018 20192020

Estimativa

2021Previsão

2020Estimativa

2021Previsão

PIB e componentes da despesa (taxa de crescimento real, %)

PIB 2,8 2,2 -8,5 5,4 -6,9 4,3

Consumo privado 2,6 2,4 -7,1 3,9 -4,3 3,8

Consumo público 0,6 0,7 -0,3 2,4 3,1 -0,8

Investimento (FBCF) 6,2 5,4 -7,4 5,3 -12,2 6,1

Exportações de bens e serviços 4,1 3,5 -22,0 10,9 -15,4 8,4

Importações de bens e serviços 5,0 4,7 -17,9 7,2 -11,4 7,0

Contributos para o crescimento do PIB (p.p.)

Procura interna 3,1 2,7 -6,6 4,1 -5,1 3,8

Procura externa líquida -0,3 -0,4 -1,9 1,3 -1,8 0,4

Evolução dos preços (taxa de crescimento %)

Deflator do PIB 1,8 1,7 1,5 0,9 1,0 0,4

Taxa de inflação (IPC) 1,0 0,3 -0,1 0,7 -0,2 0,4

Evolução do mercado de trabalho (taxa de crescimento %)

Emprego (ótica de Contas Nacionais) 2,3 0,8 -3,8 1,0 -3,9 1,7

Taxa de desemprego (% da população ativa) 7,0 6,5 8,7 8,2 9,6 8,7

Produtividade aparente do trabalho 0,5 1,4 -4,8 4,3 -3,1 2,5

Saldo das balanças corrente e de capital (% do PIB)

Capacidade/Necessidade líquida de financiamento face ao exterior 1,2 1,0 -0,3 0,9 0,3 0,6

Saldo da balança corrente 0,3 0,2 -1,2 0,1 -0,6 -0,3

da qual: s aldo da balança de bens e serviços 0,5 0,2 -1,3 0,1 -0,7 -0,2

Saldo da balança de capital 1,0 0,8 0,9 0,8 1,0 0,9

INE OE 2021 OE 2020 Suplementar