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15 DE ABRIL DE 2021

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para PME e empresas midcap, bem como grandes empresas consideradas importantes para a economia

nacional.

O apoio ao Banco Português de Fomento está previsto no PRR, bem como reformas direcionadas ao

estímulo do potencial produtivo português e do emprego, através de roteiros focados, entre outros, numa agenda

de investigação e inovação para a sustentabilidade agrícola, do apoio de alianças de desenvolvimento industrial

e tecnológico para acelerar o processo de transformação estrutural da economia portuguesa ou do reforço das

competências e qualificações.

Inovação e qualificação empresariais

Assume-se como determinante a capacidade de as empresas apostarem na incorporação e na valorização

de conhecimento e na transformação digital da sua atividade, através de processos de inovação ao nível do

produto, do processo de produção ou das formas de organização e gestão, bem como no desenvolvimento.de

iniciativas que concorram para a consolidação do conhecimento científico e tecnológico empresarial. Poder-se-

á, assim, sustentar a criação de maior valor acrescentado e a expansão dos setores transacionáveis e

internacionalizáveis, procurando-se alargar e diversificar a base exportadora da economia, em empresas,

produtos e mercados de destino. Por outro lado, para além de fatores de competitividade de ordem produtiva, é

também relevante desenvolver competências em fatores imateriais, uma vez que o baixo nível de competências

de organização e gestão estratégica, sobretudo nas PME, se reflete também em menores níveis de inovação e

de produtividade e limita a capacidade de resposta face aos desafios do futuro, nomeadamente para a promoção

de um crescimento mais inteligente, verde e tecnológico de acordo com os grandes objetivos estratégicos

europeus.

O Plano de Ação para a Transição Digital de Portugal, designado «Portugal Digital», inclui, no pilar referente

à transformação digital do tecido empresarial, medidas que promovem as competências digitais na organização

e no funcionamento das empresas nacionais, de modo a contribuir para a sua competitividade e para a sua

transição para o digital. Esta iniciativa assenta em ações que concretizam o apoio ao investimento, o estímulo à

digitalização das empresas, em particular das PME, e o desenvolvimento de medidas que concorram para a

consolidação do conhecimento tecnológico empresarial. No âmbito do Portugal Digital pretende-se desenvolver

ações que promovam o empreendedorismo e a atração de investimento, o tecido empresarial, com foco nas

PME, e a transferência de conhecimento científico e tecnológico para a economia. Para o seu desenvolvimento

e implementação serão utilizados os programas Indústria 4.0, Startup Portugal, INCoDe.2030, Simplex e

+CO3SO Digital. Como medidas a implementar, importa realçar a dinamização da rede nacional de Digital

Innovation Hubs, a disseminação de uma ferramenta de avaliação da maturidade digital para as empresas e um

programa de capacitação digital de PME no interior.

Com o Programa Indústria 4.0, em vigor desde 2017, pretende gerar-se as condições para a adaptação do

tecido produtivo nacional às exigências da era digital e acelerar a adoção das tecnologias e conceitos da

Indústria 4.0. Este programa carateriza-se pela introdução de um conjunto de tecnologias digitais nos processos

de produção e tem como objetivos: Analisar as experiências nacionais e internacionais e promover a transição

digital das empresas portuguesas; apoiar as PME e economia portuguesa na qualificação de recursos humanos

para a digitalização na indústria; proceder à criação de mecanismos de apoio às empresas para a transição da

indústria portuguesa para a quarta revolução industrial. No conjunto das 64 medidas previstas para a primeira

fase do Programa, 95% estão já em execução ou concluídas. Estas medidas abrangeram cerca de 530 mil

indivíduos e 24 mil empresas. A segunda fase do programa, lançada em 2019 e na qual estão inseridas várias

medidas para um plano de 4 anos, define-se como «transformadora» em relação à primeira fase, cujas medidas

foram mais de natureza «demonstradora e mobilizadora». Estima-se que terão um impacto sobre mais de 20

000 empresas a operar em Portugal e, inicialmente, permitirão requalificar e formar em competências digitais

200 000 trabalhadores.

Estes objetivos, associados ao processo transição digital das empresas, serão prosseguidos e redinamizados

no âmbito da Componente 16 – Empresas 4.0 do PRR com um investimento na ordem dos 650 M€.

Neste contexto é relevante referir o papel indutor das estratégias nacional e regionais de especialização

inteligente, na concentração dos processos de investigação e transferência e nos mecanismos de descoberta

empreendedora, demonstrado uma boa utilização dos instrumentos em linha com as recomendações futuras.