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II SÉRIE-A — NÚMERO 124

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fortalecimento das relações com os países mais próximos, como a Espanha, considerando os resultados da

cimeira bilateral de 2020 e o lançamento do respetivo mecanismo de acompanhamento, bem como a Estratégia

Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço com o Reino Unido, considerando o contexto pós-Brexit, e também

com a França e os Estados Unidos.

O Governo assinala também como prioritário o relacionamento com os países da fachada atlântica europeia

e os países do Mediterrâneo, onde o espaço marítimo nacional desempenha um forte elo de ligação e

oportunidades. Serão ainda reforçadas as relações com cada um dos países de Língua Portuguesa, em África,

na América latina e na Ásia, atentos os laços políticos, que unem Portugal a cada um desses países. De igual

modo, será prosseguido o desenvolvimento das relações com os países da vizinhança Sul, no Magrebe e na

África Subsariana; com os países latino-americanos, com particular destaque para os do Mercosul e os da

Aliança para o Pacífico, e com países de todas as regiões do mundo, com natural destaque para o Canadá, a

China, Índia, Japão e República da Coreia, dados os avanços verificados, quer no plano bilateral, quer em virtude

de acordos celebrados ao nível europeu, consolidando e expandindo o nível de relacionamento político e

económico.

Para tal, concorrerá o reforço da rede diplomática, através da abertura de novas embaixadas na Europa e

fora da Europa, bem como a manutenção de contactos e realização de visitas bilaterais.

d) Valorizar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

O documento em análise assinala a valorização da CPLP, como comunidade de língua, cidadania,

cooperação político-diplomática e espaço económico, e dos seus pilares constitutivos, a saber, a concertação

político-diplomática, a projeção da Língua Portuguesa e a cooperação para o desenvolvimento, no concerto das

organizações internacionais, continuarão a constituir uma prioridade para Portugal.

Destarte, sublinha-se que Portugal desenvolverá futuramente uma estreita colaboração com as presidências

pro tempore de Angola, bem como com o secretariado executivo.

Neste âmbito, o Governo destaca a participação na negociação do Acordo sobre Livre Circulação e

Mobilidade na CPLP, tendo em vista a sua aprovação na Cimeira de Luanda. A CPLP verá ainda o seu papel

reforçado no que se refere à dimensão de promoção da língua e das culturas de Língua Portuguesa,

nomeadamente, através do apoio à atividade do Instituto Internacional da Língua Portuguesa e às celebrações

do Dia Mundial da Língua Portuguesa. No que se refere à dinamização da dimensão económica da CPLP, será

estimulada a cooperação entre empresas e organizações profissionais dos diferentes Estados-Membros.

e) Implementar um novo quadro da cooperação portuguesa

O Governo assinala, como objetivo estratégico, que vai prosseguir a implementação do novo quadro da

cooperação portuguesa para o desenvolvimento, mantendo o foco principal na cooperação com os países

africanos de Língua Portuguesa e Timor-Leste, mas alargando a sua geografia e parcerias e diversificando as

modalidades de financiamento.

De acordo com o documento, a política de cooperação é um instrumento fundamental da política externa

portuguesa, cujo quadro conceptual tem vindo a evoluir e a ajustar-se a diversos elementos, como por exemplo,

às prioridades introduzidas pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, mas também pela Agenda

de Ação de Adis Abeba e pelo Acordo de Paris. O modelo da cooperação portuguesa tem materializado

estratégias de complementaridade com atores públicos, organizações da sociedade civil, mas também com o

setor privado, diversificando as fontes de financiamento da cooperação e alargando a sua geografia de ação,

numa ótica de reforço da coordenação e de melhoria da eficiência dos programas de cooperação.

Segundo as Grandes Opções para 2021-2025, no que se refere à implementação da cooperação portuguesa,

é destacada a elaboração do novo conceito estratégico de cooperação 2021-2030 e a adoção da estratégia para

o envolvimento do setor privado nos esforços de cooperação, promovendo e reforçando os necessários

mecanismos de financiamento. Salienta-se que Portugal continuará a trabalhar com as instituições financeiras

internacionais, com vista a facilitar a participação em mecanismos europeus e internacionais de financiamento

do desenvolvimento, e, em particular, centrando-se na operacionalização do Compacto para o Financiamento