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II SÉRIE-A — NÚMERO 152

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com a taxa de desemprego a reduzir-se para 7,6% para a área do euro (8,2% em 2018). O enquadramento

internacional mais desfavorável refletiu-se num declínio da procura externa, visível na desaceleração das

exportações da área do euro para 2,5% em 2019 (3,3% em 2018). A taxa de inflação desacelerou para 1,2%

para o conjunto da área do euro (1,8% em 2018), refletindo a descida significativa do preço do petróleo nos

mercados internacionais. Num cenário de ausência de pressões inflacionistas, de persistência de elevada

incerteza e de arrefecimento económico, as taxas de juro de curto prazo da área do euro mantiveram-se em

níveis historicamente baixos, decorrente da continuação da política monetária acomodatícia na área do euro.

3 – Relativamente ao produto interno bruto (PIB) em Portugal, cresceu, em termos reais, 2,2%, o mesmo

crescimento previsto no Orçamento do Estado para 2019 ainda que com algumas diferenças em termos de

composição, com as componentes do investimento e das exportações a apresentarem um comportamento

menos favorável face ao previsto, contrabalançado pelo melhor desempenho do consumo.

4 – Em termos de mercado de trabalho, a taxa de desemprego em 2019 fixou-se em 6,5% (7% em 2018),

valor ligeiramente acima do previsto no Orçamento do Estado para 2019 (6,3%). O emprego cresceu 0,8%,

aumento inferior ao verificado em 2018 (2,3%). Por seu lado, a população ativa teve um crescimento de 0,4%,

ligeiramente superior ao de 2018.

5 – Em 2019, o índice de preços no consumidor registou um crescimento de 0,3%, uma desaceleração de

0,7 pp face a 2018. Esta desaceleração é maioritariamente explicada pela evolução dos preços dos produtos

energéticos e alimentares não transformados, já́ que a inflação subjacente.

3. Evolução internacional e mercados financeiros

1 – Segundo a CGE19, em 2019, a atividade económica e o comércio mundial abrandaram para 2,9% e

0,9%, respetivamente (3,6% e 3,8%, respetivamente, em 2018), abrandamento que se verificou tanto nas

economias avançadas (2,2% para 1,7%) quanto, de forma mais acentuada, em alguns países emergentes e em

desenvolvimento. Esta evolução resultou de um contexto marcado: Por persistentes tensões comerciais entre

os EUA e a China; pela intensificação de conflitos geopolíticos; por alguma instabilidade política em países

europeus; e, ainda, por choques idiossincráticos, nomeadamente associados a desastres naturais. Ao longo do

ano, a continuação de políticas monetárias acomodatícias pelos principais bancos centrais e a adoção de

políticas orçamentais expansionistas em alguns países contribuíram para alguma estabilização da atividade

económica e das trocas comerciais.