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16 DE JUNHO DE 2021

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2 – Como é possível verificar no gráfico n.º 1 da CGE19 acima apresentado, devido ao contexto de

deterioração do enquadramento internacional e do conflito comercial com a China, o PIB dos EUA registou um

abrandamento para 2,3% em 2019 (2,9% em 2018), decorrente da desaceleração da procura interna, explicada

essencialmente pela redução da taxa de crescimento do investimento privado (1,8%, que compara com 5,1%

em 2018) e pela desaceleração do segmento não residencial (2,1%, que compara com 6,4% em 2018). A taxa

de desemprego manteve a trajetória descendente, registando um novo mínimo histórico de 3,7% em 2019 (3,9%

em 2018).

3 – A CGE19 identifica, no que diz respeito ao contexto europeu, o arrefecimento económico nos mercados

internacionais, particularmente acentuado no primeiro semestre, e as dificuldades da indústria transformadora

repercutiram-se na desaceleração do crescimento da área do euro para 1,2% em 2019 (1,9% em 2018). A

procura interna continuou a ser o principal fator de crescimento económico, num contexto de condições de

financiamento favoráveis, de aumento do rendimento disponível das famílias e de evolução favorável do

mercado de trabalho, com a taxa de desemprego a reduzir para 7,6% para a área do euro (8,2% em 2018). O

enquadramento internacional mais desfavorável refletiu-se num declínio da procura externa, visível na

desaceleração das exportações da área do euro para 2,5% em 2019 (3,3% em 2018).

4 – Como se pode verificar no gráfico n.º 2 da CGE19 abaixo apresentado, a taxa de inflação desacelerou

para o conjunto das economias avançadas para 1,4% em 2019 (2% em 2018), para 1,2% para o conjunto da

área do euro (1,8% em 2018) e para 1,8% nos EUA (2,4% em 2018), refletindo a descida significativa do preço

do petróleo nos mercados internacionais. A redução da procura internacional e a inexistência de um acordo da

OPEP+ levaram à descida do preço do petróleo Brent para 64 USD/bbl (57 €/bbl) em 2019, correspondendo a

um recuo em termos homólogos de 10% em USD e de 5% em euros.

5 – Já o gráfico n.º 3 da CGE19 apresenta, num cenário de ausência de pressões inflacionistas, de

persistência de elevada incerteza e de arrefecimento económico, as taxas de juro de curto prazo da área do

euro mantiveram-se em níveis historicamente baixos, decorrente da continuação da política monetária

acomodatícia na área do euro. Em 2019, invertendo a normalização da política monetária entre 2015 e 2018, a

Reserva Federal norte-americana decidiu baixar as taxas de juro federais (fed funds) ao longo de 2019, para o

intervalo entre 1,5% e 1,8% no final do ano (entre 2,3% e 2,5%, no final de 2018); tendo o diferencial entre as

taxas a dez anos e a três meses registado um valor negativo (inversão da curva) em vários momentos do ano.

No contexto europeu, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu, em setembro de 2019, baixar as taxas de juro

de facilidade de depósito para -0,5% (-0,4% entre março de 2016 e agosto de 2019) e retomar, em finais do ano,

o programa de compra de ativos (Asset Purchase Programme) num montante mensal de 20 mil milhões de