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• Concretizar o investimento em novo material circulante, executando os concursos já

lançados para comboios urbanos e regionais e lançando o concurso para comboios de

longo curso, constituindo-se como uma aposta na capacidade industrial nacional para o

seu fabrico e montagem.

I.III. ECONOMIA CIRCULAR

A par da mitigação e da adaptação, o sistema de produção e consumo terá necessariamente de

mudar. Segundo as Nações Unidas, cerca de 50% das emissões de gases com efeito de estufa

estão associadas à extração e processamento de materiais básicos. Assim, persistir numa

economia linear – que extrai, transforma, vende e deita fora – acarreta uma pesada fatura

climática, para além de intensificar os riscos derivados da escassez de água, solo arável e

materiais. Com o aumento da procura, gerir eficazmente estes recursos é imprescindível se

queremos uma economia resiliente, sustentável e competitiva.

Esta transição irá implicar medidas com uma forte componente social – no “Inquérito BEI sobre

o Clima 2021-2022”, 85% dos portugueses identificaram a necessidade de alteração de

comportamentos como a principal “arma” para garantir uma economia descarbonizada, justa e

circular. Logo, urge o desenvolvimento de instrumentos de política pública que beneficiem

quem opta por modelos de produção e consumo mais consciente e responsável, que

efetivamente reduza o consumo de matérias-primas, de recursos e de energia, e que preserve

o valor de produtos, materiais e outros recursos na economia pelo máximo tempo possível. Só

assim se reduz o impacte ambiental, protegendo o sistema natural, minimizando a produção de

resíduos e evitando a emissão de substâncias perigosas no ciclo de vida. Só assim se promove o

realinhamento do tecido produtivo e dos consumidores, e se aproveitam as oportunidades por

trás de novos processos, novos materiais, novos produtos, novos serviços necessários à

economia circular.

Portugal inovou na União Europeia com um Plano de Ação para a Economia Circular com três

níveis de ação (nacional, setorial e regional). Em 2022 está prevista a sua revisão para o ciclo

2030, tendo em conta o Pacto Ecológico Europeu. Será dada continuidade à adoção dos

princípios de economia circular pelos consumidores, às empresas, ao setor financeiro e ao

Estado, apostando na formação e na inovação dirigida a desafios concretos – do design às

soluções produto-serviço, da remanufactura à reciclagem – vertidos também no PRR e nos

mecanismos de Do No Significant Harm, que atingem todas as componentes de financiamento.

Para atingir estes objetivos, o Governo irá:

1 DE ABRIL DE 2022 _______________________________________________________________________________________________________________

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