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5 DE JANEIRO DE 2023

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pedida, paga, mas nunca realizada2.

A empresa responsável pela vistoria não considerava haver risco de queda não tendo aconselhado o seu

encerramento, tendo recomendado apenas algumas limitações de trânsito para veículos pesados. Mas em

2011, depois do aparecimento de uma fissura na travessia, a ponte foi encerrada em maio e em novembro

desse mesmo ano um dos pilares caiu.

Desde novembro de 2011 que a ponte medieval do Vouga – recorde-se que com 800 anos de história e um

monumento de enorme valor patrimonial e cultural – se encontra caída, abandonada e esquecida. Um país

que não preserva e defende a sua história, património e cultura é um país pobre.

A acrescentar a toda esta situação está o próprio esquecimento das populações que anseiam pela

reabilitação da ponte e sentem uma grande falta de sensibilidade das entidades públicas, uma vez que são

aconselhados e de certa maneira obrigados a usar o IC2 a 500 metros desta ponte.

Ora, a antiga ponte do Vouga sempre fora fundamental para a ligação das populações ao seu redor, e

segundo os próprios locais, existe um futuro óbvio, de enorme potencial, para aquela zona, uma praia fluvial

na zona da ponte, apenas bastando que esta seja recuperada e sejam criadas condições para tal. É

inadmissível deixar duas populações isoladas por pura incúria e não aproveitar potencialidades de enorme

valor económico e natural.

Já em maio do presente ano, ou seja, 11 anos depois do seu encerramento, foi realizada uma visita ao

local e supostamente elaborado um parecer técnico pela Direção Regional de Cultura do Centro, mas que

ainda não foi remetido à Direção-Geral do Património Cultural. Este processo é fundamental para a

classificação da ponte como imóvel de interesse público.

Contudo, com mais um inverno a chegar, a preocupação é cada vez maior sobre a sobrevivência deste

monumento, que se tem aguentado ano após ano aos fortes caudais do rio Vouga durante esses períodos.

Mas que, mais dia menos dia, se nada for realizado, acabará por ceder completamente, representando uma

perda histórica e cultural gravíssima, um autêntico crime ao património de Portugal.

Assim, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentalmente aplicáveis, os Deputados do Grupo

Parlamentar do Chega recomendam ao Governo que:

1 – Torne público o relatório elaborado após visita ao local, maio de 2022, pela DRCC;

2 – Tendo em conta a urgência do caso, o valor histórico e cultural da ponte, classifique a antiga ponte do

Vouga como imóvel de interesse nacional;

3 – Dê início o quanto antes à reabilitação da antiga ponte do Vouga.

Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo —

Gabriel Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto —

Rita Matias — Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 364/XV/1.ª

BIORRESÍDUOS 2023, CRIAR CONDIÇÕES PARA UMA MUDANÇA ESTRUTURAL

É fundamental reverter o ciclo de mau desempenho e de incumprimento generalizado de metas no setor

dos resíduos. Até ao final de 2023 será necessário assegurar a recolha seletiva de biorresíduos e o seu

tratamento a nível nacional, o que representará uma mudança estrutural para o sistema, bem como um novo

desafio para o dia-a-dia de muitos cidadãos. Contudo, perspetivam-se atrasos e dificuldades que urge

acautelar, de modo a evitar que uma grande oportunidade se transforme num agravamento dos problemas que

2 Tombada há 11 anos, ponte velha do Vouga anseia classificação para se salvar | Reportagem | PÚBLICO (publico.pt)