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II SÉRIE-A — NÚMERO 249

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• Que, no ano de 2022, a proporção de famílias desfavorecidas que reporta não ter adquirido todos os seus

medicamentos ultrapassou os 50 %.

Já o Índice de Saúde Sustentável 2022/2317, também recentemente divulgado, concluiu que, apesar de

apenas pouco mais de um terço dos portugueses avaliarem o SNS de forma globalmente positiva – e

principalmente devido à existência de melhores meios de diagnóstico e de medicamentos mais inovadores – a

perceção maioritária é de que a qualidade dos serviços piorou devido ao agravamento dos tempos de espera

nas consultas (37,3 %), cirurgias (31,3 %) e urgências (47,8 %).

Destacam-se infra as principais conclusões do estudo referido no que se refere às perceções dos utentes

do SNS em 2022:

• A acessibilidade aos serviços é inferior à qualidade percecionada;

• A acessibilidade técnica do SNS diminuiu muito ligeiramente face a 2021 e encontra-se em níveis muito

baixos quando comparada com as demais dimensões;

• A eficácia global do SNS melhora ligeiramente face ao ano anterior;

• A satisfação e confiança diminuíram na generalidade dos parâmetros avaliados;

• A qualidade dos serviços piorou na maioria das determinantes avaliadas;

• A facilidade de acesso aos cuidados e os tempos de espera devem ser as áreas prioritárias de atuação;

• A evolução dos tempos de espera no SNS é negativa, como infra se evidencia:

Igualmente uma sondagem recente concluiu que os portugueses se encontram profundamente insatisfeitos

com as políticas públicas, igualmente no setor da saúde, como o comprova o facto de 74 % se declararem

pouco ou nada satisfeitos com a qualidade do SNS, percentagem que ultrapassa os 92 % no Alentejo e

Algarve e os 82 % na região Centro18.

A figura seguinte, extraída dessa sondagem, evidencia o que se acaba de referir:

17 Estudo desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS) da Universidade Nova de Lisboa, de 19/05/2023, que procura avaliar o SNS na ótica do utilizador e identificar os pontos fortes e fracos do SNS, bem como possíveis áreas prioritárias de atuação. 18 Expresso, 9 de junho de 2023, sondagem da responsabilidade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE/IUL) para o Expresso/SIC.