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10 DE MAIO DE 2024

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Por isso é que é essencial que, de uma vez por todas, se construa o novo hospital do Oeste. Sem este

investimento, que deve ser considerado absolutamente prioritário, continuará a faltar, à população do Oeste,

uma unidade de cuidados intensivos, unidades de cuidados intermédios, meios complementares de diagnóstico

e terapêutica, unidade de preparação de citotóxicos e camas em número suficiente para internamentos.

Continuará a faltar aos cuidados de saúde da Região do Oeste capacidade para atrair e reter profissionais de

saúde e especialistas, assim como capacidade para ter serviços e valências cada vez mais diferenciadas.

O novo hospital do Oeste é uma obra reclamada há vários anos pelas populações de vários concelhos. É

uma obra necessária para melhorar os cuidados de saúde na região e permitir a sua diferenciação, razão pela

qual o Bloco de Esquerda tem defendido a construção deste novo hospital complementada com o reforço de

transportes e com o aproveitamento das infraestruturas de Peniche, Caldas da Rainha e Torres Vedras para

respostas de saúde em proximidade.

É um investimento que não pode esperar mais e que não pode dar passos atrás. Há já um estudo realizado

sobre a localização do novo hospital. Os próximos passos devem ser o do início do projeto e de construção

deste novo hospital e, concomitantemente, a recuperação das atuais infraestruturas para a sua adaptação futura

para serviços de saúde em proximidade. Por exemplo, consultas externas de algumas especialidades (ex.:

medicina interna, ortopedia), hospital de dia, tratamentos de reabilitação, e cuidados continuados.

Esse é o sentido desta iniciativa do Bloco de Esquerda: concretizar a construção, o mais rapidamente

possível, do novo hospital para a Região do Oeste, dando cumprimento ao estudo já realizado sobre a sua

localização, no concelho do Bombarral, ao mesmo tempo que se salvaguarda o acesso das populações, através

de um sistema de transportes eficaz, e a proximidade de cuidados de saúde, através do investimento e

reabilitação das infraestruturas já existentes em Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de

Esquerda propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo que:

1 – Concretize o mais rapidamente possível a construção do novo hospital do Oeste, em cumprimento do

estudo de localização já realizado;

2 – Assegure um sistema de transportes eficaz em toda a região que permita às populações de toda a região

o fácil acesso ao futuro hospital;

3 – Invista nas três unidades hospitalares existentes – Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras – de

forma a melhorar as suas condições atuais e a adaptá-las no futuro a serviços de saúde em proximidade, como

consultas externas de algumas especialidades, hospital de dia, tratamentos de reabilitação, e cuidados

continuados.

Assembleia da República, 10 de maio de 2024.

As Deputadas e os Deputados do BE: Isabel Pires — Fabian Figueiredo — Joana Mortágua — José Moura

Soeiro — Mariana Mortágua.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 97/XVI/1.ª

INVESTIMENTO NO HOSPITAL DE SANTA CRUZ

O Hospital de Santa Cruz, enquanto unidade do Serviço Nacional de Saúde, foi inaugurado em 1980. Na sua

origem estava a necessidade de uma maior diferenciação do SNS em áreas como a cardiologia e a nefrologia.

Este hospital desenvolveu-se, portanto, em torno destas áreas, onde se tem especializado ao longo dos anos.

Em 1984 realizou a primeira angioplastia coronária, em 1986 foi ali feito o primeiro transplante cardíaco em

Portugal, em 2018 implantou, pela primeira vez na Península Ibérica, um dispositivo para o tratamento da

insuficiência cardíaca, em 2023 utilizou uma técnica inovadora no tratamento de doentes com taquicardia

ventricular resistente às terapêuticas convencionais.