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II SÉRIE-A — NÚMERO 100

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(3,5 %)».

Esta evolução, afirma-se no relatório da CGE, deveu-se à «existência ainda de alguns efeitos de base», à

«recuperação da atividade turística» à «dinâmica positiva do mercado de trabalho, não obstante os

condicionamentos externos associados à crise energética e à incerteza geopolítica. Em termos intra-anuais, os

efeitos de base foram evidentes no primeiro trimestre do ano, com o PIB a registar uma taxa de crescimento

em cadeia de 2,3 %, regressando ao seu nível pré-pandemia de COVID-19, registando-se, no segundo

trimestre, uma desaceleração da atividade económica para os 0,2 %. Nos dois últimos trimestres do ano, o PIB

estabilizou num crescimento em cadeia de 0,3 %».

«Com este crescimento, a economia portuguesa ultrapassou o nível pré-pandemia de COVID-19, estando,

em 2022, o PIB 3,2 % acima do nível de 2019».

«Num ano marcado por um conjunto de choques globais com efeitos nos preços das matérias-primas

energéticas e alimentares, o índice de preços no consumidor (IPC) registou uma variação média anual de

7,8 % (mais 6,6 pp face a 2021), tratando-se da mais elevada desde 1992. No conjunto de 2022, a inflação

subjacente foi de 5,6 %, um máximo desde 1994. Comparativamente com a área do euro, Portugal registou

uma inflação inferior em 0,3 pp (índice harmonizado de preços no consumidor – IHPC)».

A inflação acelerou entre outubro de 2021 e outubro de 2022, mês em que alcançou o pico de 10,1 % (o

máximo desde maio de 1992), tendo depois começado a baixar, essencialmente por influência dos preços dos

bens energéticos.

«A subida dos preços foi generalizada à maioria das classes, sendo que aquelas com maior variação

homóloga foram os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (13 %, a mais elevada desde 1990) e a

habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (12,8 %, a mais elevada desde 1992). Os produtos

alimentares não transformados e os produtos energéticos tiveram um contributo, em conjunto, de 42,4 % da

evolução da inflação, confirmando a predominância de choques externos no aumento dos preços no

consumidor, incluindo os seus efeitos de propagação a outras componentes».