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II SÉRIE-B — NÚMERO 19

As capacidades do sector industrial da zona Norte do distrito dc Lisboa são comparáveis c cm muitos casos superiores a várias regiões do País, designadamente os distritos dc Beja, Bragança, Évora, Guarda, Portalegre, Castelo Branco, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Faro.

As capacidades referidas dizem respeito ao número dc empresas existentes, ao volume de emprego, ao valor bruto da produção, à aquisição de bens de investimento e a volumes de facturação.

Igualmente os consumos de matérias-primas, combustível e electricidade são em todos os casos superiores aos dos distritos referidos.

Estes indicadores constituem inegável demonstração do potencial industrial existente na zona Norte do distrito dc Lisboa.

A construção civil é de igual forma um sector de actividade de grande importância, quer ao nível do valor acrescentado quer pelo volume de emprego de que é responsável.

Em 1981, no que respeita ao concelho dc Torres Vedras, a construção civil era responsável por 12 % do volume total de emprego.

Outros concelhos apresentam igualmente valores consideráveis.

Em 1984, dc acordo com o Recenseamento Industrial do INE, a zona Norte do distrito evidenciava valores relativos à construção de edifícios significativamente superiores aos distritos de Beja, Bragança, Évora, Guarda, Portalegre e Casielo Branco.

O sector das obras públicas tem registado, todavia, valores modestos.

No entanto, com o início dos investimentos autárquicos ligados ao Programa Operacional do Oeste, irão canalizar--se para esta sub-região, até 1993, fundos comunitários no montante superior a 9 milhões de. contos.

Na abordagem às actividades empresariais destacar-sc--ão, justamente, as ligadas ao comércio e serviços.

Trata-se de um sector que maior dinâmica dc crescimento registou na última década, designadamente em termos de criação de emprego.

Efetivamente, se em 1981 esta zona apresentava uma estrutura sectorial equilibrada (distribuição equitativa pelos vários sectores), actualmente o sector terciário tem um peso determinante.

Tal facto ficar-se-á a dever ao crescimento do sector retalhista, constituído fundamentalmente por estabelecimentos de pequena dimensão e à crescente importância das actividades prestadoras de serviços.

O maior centro de actividades terciárias da sub-região é a cidade de Torres Vedras, servindo uma área que ultra^ passa largamente o espaço do município.

A dinâmica da actividade empresarial na sub-região poderá ser aferida pela sua importância no contexto nacional.

Embora a maioria dos estabelecimentos e empresas sejam de dimensão pequena ou média (valendo portanto no seu conjunto), referenciam-se na zona Norte do distrito dc Lisboa 70 unidades classificadas entre as 3500 maiores do País.

Estas 70 unidades empresariais, principalmente da indústria transformadora, agro-indúsirias e comércio grossista, são responsáveis, no seu conjunto, por 118 milhões de contos dc facturação c pelo emprego de 7214 activos (valores de 1989).

7 —Turismo:

As potencialidades turísticas da região são inúmeras, encontrando-sc cm parte insuficientemente exploradas.

Os concelhos referidos integram-se na Região de Turismo do Oeste, delimitação encontrada a partir da definição de uma herança cultural comum e na identidade paisagística e ambiental.

A riqueza turística da região contitui-se desde logo na beleza e variedade das suas paisagens, de que se destacará o seu litoral, recortado por praias de óptima qualidade que deram origem a estâncias balneares de renome (Santa Cruz, Areia Branca, etc.).

Igualmente o espaço rural dispõe de um potencial ainda pouco explorado, alicerçado na diversidade de condições oferecidas, nomeadamente pela serra de Montejunto (parque natural; potencial paisagístico de aproveitamento para fins desportivos), pela possibilidade de expansão do turismo rural e agroturismo (aproveitamento e recuperação de património arquitectónico rural), pelas características etnográficas c gastronómicas (onde assumem especial relevância os vinhos e a doçaria).

Também as linhas de Torres têm um papel relevante como factor de promoção de turismo de características histórico-cullurais.

Complementando toda esta variedade, refira-se a existência na zona Norte do distrito de Lisboa de duas estâncias termais:

Cucos (reumatismo e traumatismos);

Vimeiro (fígado, rins, bexiga e doenças de pele).

A remodelação e recuperação destes espaços permitirá alimentar a construção de novas unidades hoteleiras e animar um conjunto dc infra-estruturas desportivas de lazer que habitualmente lhe estão associadas:

Campos de golf c ténis;

Hipismo;

Piscinas, etc.

O conjunto de potencialidades referido assume naturalmente especial relevância face à sua localização privilegiada relativamente à área metropolitana de Lisboa e representa, cada vez mais, uma alternativa às praias da Costa do Estoril e da Caparica na captação de visitantes que fogem ao «stress citadino».

Por outro lado, com a perspectivada instalação do Aeroporto Internacional de Lisboa, na Ota, canalizar-se-ão para a região importantes fluxos turísticos que imporia captar.

8 — Estrangulamentos:

Referimos abreviadamente o conjunto das principais riquezas e potencialidades da zona Norte do distrito de Lisboa

Deve ser sublinhado, no entanto, tratar-se de uma região normalmente «esquecida» pelos centros de decisão política da administração central, no que respeita à infra-cstrutura-ção dc base às actividades económicas.

Tal constatação evidencia-se, sobretudo, nas infra--estruluras dc transporte, rodoviárias e ferroviárias.

Esta zona tem como principais eixos rodoviários de ligação a Lisboa, a Norte do Pais e à Europa, as estradas nacionais n.os 8. B-2.115, 115-1,115-2, 105-3, 9 e 248.

São, contudo, todas cias estradas com um traçado muilo antigo, extremamente sinuosas c bastante estreitas.