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42 | II Série B - Número: 066 | 22 de Dezembro de 2012

Portanto, é sempre melhor termos uma informação mais recente, mas era absolutamente inexequível dentro do prazo estabelecido, de 27 de abril, isto é finais de abril, a julho, para obter a decisão do comprador.
E, portanto, isto era absolutamente impossível. Era tecnicamente impossível fazer uma coisa destas, porque se fosse feito em 90 dias tinha credibilidade, se fosse feito em nove dias ou numa semana provavelmente não teria.» E, ainda sobre o mesmo tema, é importante transcrever o que também disse a Sr.ª Dra. Maria Luís Albuquerque, Secretária de Estado do Tesouro e Finanças na audição de 24 de julho de 2012 (páginas 107 e seguintes da ata): «(») Relativamente ao não se ter feito nova avaliação, a razão ç exatamente a mesma. Aliás, corríamos o risco de ter interrompido o processo para fazer uma nova avaliação e depois já nem sequer nos aparecer comprador. E, depois, teríamos uma avaliação que seria utilizada para concluir que íamos liquidar, porque, entretanto, já não tínhamos interessados (»).« f) A SLN/Galilei

A relação quase umbilical entre a antiga SLN, hoje Galilei, manteve-se ao longo destes últimos 3 anos e meio. O grau de endividamento da sociedade em relação ao BPN mantem-se elevado, como se mantem elevado o número de offshore existentes. A este propósito, o Dr. Norberto Rosa afirma na audição de 12 de junho de 2012: «Relativamente ao Grupo Galilei SLN, a perceção que tenho é a de que, durante este período, a exposição deve ser aproximadamente a mesma. Não houve uma evolução muito significativa, mas também não houve redução, porque a SLN não tinha condições para pagar esses créditos. Muitos deles, como sabe, são de empresas que estão numa situação muito difícil, algumas tecnicamente falidas e, portanto, durante todo este período, não foi possível fazer a recuperação desses créditos, mas também não houve aumento da exposição.
Julgo que a situação deverá estar mais ou menos equilibrada duramente este período.» Subentende-se, das palavras do anterior administrador do BPN, que a situação se manteve estável. O Dr.
Francisco Bandeira, na audição de 12 de junho de 2012, congratula-se igualmente com o facto de, através da restruturação de crédito com a Galilei, ter sido possível aumentar o nível e a quantidade de colaterais para os créditos em curso: «Acredito, assumo hoje que a situação (») está melhor acautelada, relativamente aos interesses do Estado, do que estava na altura, por força das garantias e de transformar operações de curto prazo em operações de mútuo com mais prazo».
Assim, quantificando os valores das responsabilidades, o Dr. Fernando Lima, atual presidente da Galilei, veio afirmar, em audição realizada a 22 de junho de 2012, que a dívida total do grupo à Parvalorem representava cerca de 187 M€ «do ponto de vista estritamente formal». Quanto ao valor às offshore, admite que o valor em dívida atinge números superiores: «Os tais 522 milhões que há bocado tive oportunidade de referir — ou sob investigação criminal, ou porque são custos que substancialmente são imputáveis ao BPN, ou porque ainda não temos a certeza absoluta se devemos assumir ou não».
Segundo outros depoentes, o valor total da dívida ascende a cerca de 1000 M€. O Dr. Norberto Rosa afirma que esse valor representava cerca de 20% do total de crédito do BPN: «Portanto, estamos a falar de valores provavelmente dessa ordem de grandeza, estamos a falar para um crédito de 6000 milhões, portanto, estamos a falar de valores inferiores a 20%».
Sobre o mesmo tema, o Dr. Rui Pedras, a 29 de junho de 2012, confirma parcialmente esse valor: «... a SLN autorizou o BPN a comunicar o valor: o número que tenho de cor andará entre 1000 e 1200 milhões de euros, mais para 1200 milhões de euros.» O Dr. Mário Gaspar é mais perentório, na sua audição de 19 de junho de 2012: «Repito: a Parvalorem reivindica créditos num montante idêntico a esse que o Sr. Deputado referiu: 1000 milhões. É um número redondo.» Há, portanto, uma disparidade no valor da dívida da antiga Sociedade Lusa de Negócios face ao BPN, que maioritariamente veio sendo classificada como tendo o valor de 1000 M€.