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9 DE DEZEMBRO DE 2023

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músicos e outros profissionais da cultura se encontravam para trocar ideias, realizar exposições e promover

eventos. Muitos artistas locais tiveram a oportunidade de exibir os seus trabalhos lá ganhando visibilidade e

reconhecimento.»

Concluindo que «com este encerramento a cidade perde um dos seus espaços mais autênticos e

representativos da cultura local e nacional. Acresce que muitos artistas e profissionais da cultura que

utilizavam aquele espaço para trabalhar ou promover os seus trabalhos e os seus eventos foram forçados a

encontrar alternativas muitas vezes em lugares menos acessíveis, menos conhecidos ou com muito menos

visibilidade.»

O Presidente da Comissão informa os peticionários que, apesar de não estarem presentes os Deputados

dos Grupos Parlamentares da IL, do PCP e do BE, se encontram na sala os seus representantes que, não

podendo intervir, transmitirão aos Deputados o que aqui se passou, devolvendo, de seguida, a palavra aos

peticionários para responder às questões colocadas.

Usa a palavra a Mafalda Ribeiro, que agradece as palavras de carinho e as soluções que se começam a

desenhar.

Relativamente às questões colocadas a primeira peticionária esclarece:

• «Existe uma vontade imensa de toda a gente no STOP para fazer com que o STOP resulte. Essa voz eu

acho que existe e estamos todos empenhados em encontrar uma solução»;

• A mobilização da comunidade, nomeadamente através do crowdfunding é importante, no entanto

considera que não basta. «Precisamos de um apoio mais continuo e de um reconhecimento para que

não se responda só a este momento e também para que isto possa ser um trampolim a uma nova

participação»;

• «Em relação, à Escola Pires de Lima realmente esse para nós, neste momento, quando estamos a falar

do STOP, é um não assunto. Nós temos de resolver o STOP. O STOP por si é um espaço de

coletividades. O STOP pode cooperar, e irá certamente cooperar, com todas as estruturas que estejam

interessadas em fazer o projeto do STOP singrar, mas definitivamente: «o STOP é o STOP».

Catarina Valadas toma a palavra para acrescentar que os peticionários apelam para que o STOP Espaço –

STOP Comunidade sejam indissociáveis um do outro, uma vez que «Foi a comunidade que ajudou a fazer

crescer o STOP edifício – que se podia ter tornado devoluto aquando da falha do projeto enquanto centro

comercial – e nesse sentido, dizer também que o STOP é um espaço – e não é só pelo apego ao espaço em

si que naturalmente existe por quem frequenta o espaço há tanto tempo – mas também dizer que dentro da

cidade do Porto e arredores é o único sitio que consegue albergar tanta gente, com a logística necessárias

para as atividades diversas que lá ocorrem».

Reforça a ideia do investimento por parte dos músicos, nomeadamente nos estúdios, nas oficinas de arte,

no material ou na insonorização das salas da fachada para deixar de haver ruido que pudesse eventualmente

incomodar a vizinhança.

Enfatiza que «O STOP é o espaço que progressivamente se tornou num espaço com a logística necessária

para estas realidade todas. Portanto, este foi um processo que ocorreu durante 27 anos, nem com toda a

vontade do mundo – nem usado os trabalhadores que montaram os estádios do Catar – conseguiríamos numa

altura breve arranjar as condições – e já nem falo das condições mínimas logísticas – falo se estivéssemos só

a falar de espaços e salas para esta comunidade de músicos.»

Neste contexto, aproveita para desmistificar a questão das queixas por ruído da vizinhança, uma vez que o

levantamento que efetuaram junto do Gabinete do Munícipe conclui que, apesar de haver mais de 500 queixas

por ruído entre 2012 e 2023, essas queixas foram feitas apenas por 4 pessoas.

Continua a usar da palavra a primeira peticionária, Mafalda Maria Brogueira Ribeiro, para dar a conhecer o

contributo do arquiteto João Paulo Rapagão – arquiteto autor para o concurso privado para a concessão de

ideias para o quarteirão da oficina do ferro que se situa atrás do Centro Comercial STOP – que é de opinião

que há soluções quer arquitetónicas quer urbanísticas que acomodam os interesses de todas as partes

envolvidas.

Catarina Valada volta a tomar a palavra para precisar que o parecer do arquiteto João Rapagão se

encontra no dossier distribuído pelos peticionários, acrescentando que há uma preocupação nas mensagens