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II SÉRIE-B — NÚMERO 37

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pois desde 2003, a necessidade do novo hospital é unanimemente reconhecida por todos os setores, Governos,

partidos, autarquias, ordens profissionais, sindicatos e sociedade civil. Referiu que, em 2006, um estudo

classificou o Hospital Central do Algarve como a segunda prioridade nacional para novas construções

hospitalares, mas outros projetos foram realizados enquanto o novo hospital continua pendente, prejudicando o

Algarve e Portugal. Referiu também que a região do Algarve, que cresce demograficamente e recebe muitos

turistas no verão, enfrenta uma escassez de especialistas médicos, resultando em adiamentos de cirurgias e

consultas e que o novo hospital deve servir como catalisador para a descentralização da gestão de saúde na

região, podendo ser uma parceria pública ou privada, oferecendo uma gestão mais flexível e dinâmica, e

melhorando a eficácia operacional. Disse, ainda, que a construção do hospital não resolverá todas as lacunas

do sistema de saúde, mas é uma oportunidade de revitalizar todo o sistema de saúde regional, integrando

cuidados primários e especializados. Por outro lado, deu nota que a construção do hospital também elevará a

Faculdade de Medicina, criando um ambiente para estudos clínicos avançados e inovação de tratamentos

médicos, tornando o Algarve mais atrativo para profissionais de saúde, atendendo a que a região tem sido a

mais sacrificada em termos de saúde, com a proliferação de unidades privadas que também enfrentam filas de

espera e que acentuam desigualdades no acesso aos cuidados de saúde. Concluiu dizendo que, após 20 anos

de espera e crescimento das necessidades de saúde, este projeto é um imperativo ético e social, apelando à

ação urgente para que o novo Hospital Central no Algarve se torne uma realidade e um símbolo de um novo

capítulo na saúde em Portugal.

Também pelos peticionários, o Dr. Tiago Botelho agradeceu a oportunidade de levar à Assembleia da

República a voz de cerca de 10 mil cidadãos algarvios que, unânimes, demandam a construção do novo hospital

prometido há mais de 20 anos. Deu nota que este hospital, apesar do consenso entre as forças políticas, ainda

não foi concretizado. Enfatizou a importância do Hospital de Faro, frequentemente mencionado negativamente

na imprensa, e pediu a todos os Deputados que pressionem o Executivo para realizar a construção e

disponibilização deste equipamento essencial. Deu nota que o Hospital de Faro atualmente opera com apenas

quatro das seis salas de bloco operatório, o que prejudica a eficiência cirúrgica; que está sobrelotado e que tem

corredores inadequados, dificultando a circulação de camas e macas, resultando no internamento de doentes

na urgência e aumentando o risco de infeção. Referiu que o futuro hospital, com 14 a 18 salas, aumentaria a

rentabilidade em até 30 %. Concluiu que, tanto para os cidadãos quanto para os profissionais de saúde, há

razões suficientes para argumentar a favor da construção deste novo equipamento.

O Deputado Cristóvão Norte (PSD) começou por saudar os peticionários, reconhecendo o serviço cívico

prestado ao Algarve. Afirmou que o novo Hospital Central do Algarve é essencial para o desenvolvimento social

e económico da região e criticou os 20 anos de promessas não cumpridas sobre a construção do hospital,

considerando isso um embaraço para os políticos e um fator que mina a confiança dos cidadãos. Destacou

também a escassez crónica de médicos na região e o fracasso em avançar com o hospital, mesmo após o

estabelecimento do curso de medicina na Universidade do Algarve, que visava precisamente suprir essa

necessidade, com a ressalva que o hospital deveria ter sido construído rapidamente, após a criação do curso

de medicina, para funcionar como um hospital universitário central para a região. Afirmou que todos os estudos

justificam a necessidade desta unidade de saúde e que agora cabe ao poder político concretizar essa obra

atrasada. Comprometeu-se, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, a garantir a concretização do hospital

durante a atual legislatura e a recolher o apoio de outros grupos parlamentares para formar uma frente unida.

Por fim, deu nota que espera que não sejam necessárias futuras petições sobre o assunto e que todos possam

agradecer aos que lutaram por essa infraestrutura vital para a saúde dos algarvios.

A Deputada Jamila Madeira (PS) começou por agradecer a iniciativa e a cidadania dos peticionários,

destacando a importância da participação cívica na sociedade democrática. Mencionou que muitos dos

presentes têm acompanhado este tema com atenção e honestidade intelectual. Afirmou que o processo de

construção do novo hospital é fundamental, não apenas pela infraestrutura, mas pela qualidade dos cuidados

de saúde. Reconheceu os investimentos recentes no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, que

permitiram recuperar especialidades e introduzir novas. Referiu-se ao trabalho realizado antes de 2019 para

acelerar o processo, incluindo a tentativa de recuperar um concurso público suspenso em 2011. Embora esse

esforço tenha levado muito tempo devido a várias avaliações e à pandemia, destacou que agora um novo

concurso está em marcha e que tem esperança que seja lançado em junho. Explicou que se optou inicialmente

pelo concurso antigo por ser mais rápido, mas que agora se está a trabalhar com o novo processo. Afirmou que,