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7 DE MARÇO DE 2025

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E, portanto, quanto a isso, não podíamos estar mais de acordo com aquilo que é referido na vossa petição

e aquilo que estiver ao alcance da Assembleia da República, que é aquilo que devemos fazer.»

Continua a sua intervenção considerando que os peticionários colocam uma questão muitíssimo relevante,

que é a da preservação dos espaços culturais.

A este propósito, recomenda um filme que «passou esta semana na RTP, não sei se na 2 ou na 3, no

Cinemax, que é o primeiro filme do Lauro António, que é um documentário sobre os cinemas que estavam a

desaparecer em Lisboa em meados dos anos 60.»

Partindo daqui, considera o Deputado António Filipe que «de facto, nós já vimos este filme em muitas

outras salas, que são aqueles desaparecimentos de espaços históricos do cinema. Eu devo dizer que os meus

cinemas já quase todos desapareceram, aqueles cinemas que eu frequentava quando era mais jovem e que

tinha mais tempo para ir ao cinema, e que já quase todos desapareceram.

Felizmente alguns foram reconvertidos, reabriram, mas são exceção na regra, porque de facto a grande

maioria, devido também a alterações de hábitos culturais da cidade, as coisas foram-se alterando.»

E, continua, «por isso é que eu acho que esta defesa dos espaços culturais tem uma grande importância e

essa vossa ideia do observatório é uma ideia muito interessante, a de haver uma monitorização sobre os

espaços que estão em perigo, assim como acontece com as espécies em vias de extinção.

E, portanto, como fizemos para manter o lince da Malcata, também se justifica que haja alertas e medidas

para que os municípios e o Ministério da Cultura intervenham no sentido de que os espaços culturais não se

percam, não só pela sua importância histórica e memorial, mas também pela necessidade, de facto, de haver

uma dinamização cultural condigna das nossas cidades.»

Termina a sua intervenção agradecendo aos peticionários e considerando que «estamos convosco, com a

vossa preocupação concreta relativamente ao Império, mas também relativamente à preocupação que

expressam, que é a da defesa dos espaços culturais importantes para a nossa comunidade.»

Seguidamente, usa da palavra a Deputada Filipa Pinto, do Livre, que começa por saudar os peticionários

presentes, Paulo Trancoso e Carla Chambel, considerando que «foi a vossa petição e foi a vossa atitude e o

vosso interesse por este assunto que travou um processo que poderia ser, se calhar, irreversível, se

transformássemos este local de cultura num local religioso.

Essa primeira parte é uma vitória já conseguida, portanto parece que foi revertido e esperamos que não se

volte atrás nessa questão.»

Depois, continua, «temos a questão das obras». Considera que o Livre também acompanha a questão

daquilo que foi feito a nível da alteração, da ampliação do edifício.

As obras, pelo que se percebeu dos vários pareceres, eram necessárias para a conservação do edifício.

Os pareceres condicionavam fortemente as obras que foram feitas e, nesta matéria, também eram claros

em relação à preservação dos elementos arquitetónicos do imóvel.

Afirma a Deputada Filipa Pinto que «acompanhamos a vossa preocupação para que ele não seja

descaracterizado e que não seja modificado na sua essência.

E, por outro lado, também gostei particularmente da intervenção da Carla Chambel naquilo que dizia ser

um espaço que poderia transformar-se num local cultural que pudesse também ser um centro de promoção de

cultura e que não fosse alterada a lógica para a qual foi criado.

A parte da criação de um observatório parece-nos bastante interessante, no sentido de acompanharmos

também estes processos quando, por vezes, ao longo das décadas, os edifícios foram criados com uma

função e depois é alterado o uso para o qual foram criados.

E o Livre está disponível para trabalhar também num projeto que tenha a ver com a criação deste

observatório.

E agradeceríamos também a vossa colaboração para que nos ajudassem na criação de uma iniciativa

nesse sentido.»

Termina a sua intervenção agradecendo a presença dos peticionários e declarando: «acompanhamos as

vossas preocupações.»

Seguidamente tomou a palavra o peticionário Paulo Trancoso, que agradece aos Deputados presentes os

comentários que fizeram, enaltecendo que o Sr. Presidente da Câmara Municipal, o Dr. Carlos Moedas,

praticamente «nos agradeceu por termos feito este abaixo-assinado, porque o alertou para uma situação que

ele diz que não estava de acordo.»