O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

7 DE JULHO DE 1995 199

Corn a abertura de fronteiras ao fluxo de mercadorias ecapitais externos, decorrentes da adesão de Portugal a Comunidade Europeia, a partir dos finals dos anos 80, verificou-se urn estreitamento das relacoes cornerciais (de realçaro regresso de muitos empresários portugueses fixados noBrasil).

o Brasil, na perspectiva de urna major estabilidade polltica e econórnica associada ao desenvolvimento do >, tern vjndo a contribuir no sentido da criação de oportunidades de desenvolvimento bilateral.

Foj constjtuIda uma pool de empresários do Brasil organizados num clube designado <>, orientado para a congregação de empresários queactuern no contexto das relacOes econórnjcas luso-brasilelras. 0 Clube tern natureza civilista. E uma associacao deindivIduos, e näo de entidades.

Todas as empresas dos sócios do Clube foram convidadas pela Câmara para serem seus associados.

Confia-se assim nurna intensificacao da base associativa,a curto prazo.

A Cârnara conta corn 40 empresas associadas. 0 Clubetern cerca de 100 assocjados, executivos das empresas.o relançamento da actividade da Câmara tern previstos urnjantar corn o Sr. Presidente da Repdblica e urn congressodas câmaras de comércio brasileiras.

A conscjência dos ernpresärios brasileiros perante ainserção de Portugal no espaço europeu tern vindo aaumentar.

o relacionarnento corn o ICEP é positivo. Este organismo está interessado na prornoçao das relaçOes empresariaisdos dois palses.

Verificarn-se, no entanto, alguns constrangimentos. Haprodutos brasileiros que chegam a Portugal por via de ontros pafses (Holanda, por exemplo), devjdo aos custos dosfretes entre os dojs palses. Também a falta de esforço napromocAo externa dos produtos portugueses contribui parao baixo nIvel dos fluxos comerciais. Ha poucos aspectos decomplementaridade comercial entre ambos. Verifica-se alguma indisciplina por parte do Brasil quanto ao incumprirnentodos prazos nas entregas ao exterior, fundamentalmente devjdo ao escoamento quase total para o mercado intemo.

o acordo bilateral na area do transporte marftimo foj eliminado e deu origem a liberalizaçäo dos transportes.

Não foram referidos quaisquer problemas pendentes norelacionamento económico entre Portugal e o Brash.

Câmara de Comércio Luso-Venezuelana

E uma câmara bilateral, sern fins lucrativos, que tern vivido das quotizaçOes dos seus associados e da representaçäo de feiras internacionais para POrtugal e Regioes Auto—nomas (venda do espaço por metro quadrado as empresasque participam nas feiras).

No total, conta corn cerca de 600 associados, que sãoempresas portuguesas. A sua actividade desenvolve-se nasareas comercial, industrial, turIstica e financeira.

Na area cornercial apoiarn, atravds da prestação de servi—ços, os empresários portugueses que se deslocam aVenezuela em negócios. Cruzamento de empresas e exportaçAo de produtos venezuelanos pam a Comunidade Europeiaatravés de Portugal. Tern-se vindo a incrementar o intercâmbio no que se refere a novas areas para a exportação e novos parceiros. Ainda no sector comercial, prestam serviçosapoiando as empresas que os procuram. Esse apoio que édado em Portugal é seguido na Venezuela, para o que existe urna delegaçao.

Ha aplicaçOes financeiras da Venezuela nos sectores doturismo e industrial em Portugal.

No sector financeiro, a Câmara deu apoio a bancos quese instalararn na Venezuela.

No piano concreto, foi preparado pela Câmara o contacto entre as duas partes para se fazer urn consOrcio corn vista a rode do Metropolitano de Valência, na Venezuela.

Foi também organizado urn seminário sobre pescas.A comunidade portuguesa tern uma implantacao sOlida e

está rnuito bern vista pelo Governo Venezuelano.Da parte do ICEP tern encontrado born acoihimento.Quanto aos transportes, oferece referir que não estão nas

meihores condiçOes. A VIASA foi comprada pela IBERIAe, portanto, não estão postos na mesa os interesses de bernservir Portugal e Venezuela. E urna area que carece demelhorias.

Relativarnente ao aspecto social, foi realcada a construcão da obra Fundacao Lar do Emigrante Portugues noMundo, em Santo Tirso, que se destina aos que nao ternmeios econOmicos ou aqueles que desejam apenas conviver.

As principais dificuldades prendem-se corn a crise sociale polltica que se vive na Venezuela. Ha necessidade de reforcar os Iaços através da conjugacão de esforços nos váriossectores de actividade. Por outro lado, a Venezuela estáinserida no contexto dos acordos do Pacto Andino e Portugal na Comunidade Europeia. Estas realidades dificultam astrocas comerciais entre os dois paIses, mas podem abrirperspectivas, no futuro.

Não foram referidos quaisquer problemas pendentes norelacionamento económico entre Portugal e Venezuela.

b) Câmaras estrangeiras em Portugal

Câmara de Comércio Italiana em Portugal

Não está constituIda como Cârnara bilateral mas simnacional, ao abrigo da lei italiana.

Dos cerca de 1000 sdcios, 90 % são ernpresas portuguesas.o apoio qualificado prestado aos associados desenvolve

-se atraves da indicação de possIveis fornecedores italianospor parte dos agentes econOrnicos portugueses, dos pedidosde informacoes e de assistência para implantaçao de actividades comerciais directas em Portugal, serviço de assistênciaaos agentes econOmicos italianos, designadamente comunicacoes de concursos e de adjudicaçOes de empreitadas pi.iblicas

a realizar em Portugal e da assistência para a elaboracao dadocumentaçao necessária para participar nos rnesmos.

Outras areas de desenvolvimento referem-se a brganizacao de deslocacOes a feiras italianas, participacão em projectos integrados em programas cornunitários, acordo corncâmaras de comércho italianas de Madrid e de Barcelona cornvista a realização de iniciativas comuns, serninários econvénios.

A participacao de empresários portugueses nas feiras sOse verifica ao nIvel dos importadores. A opiniao expendidaé a de que h retracção dos empresários portugueses.

o facto de serrnos membros da União Europeia favoreceo relacionamento entre os operadores portugueses e italianos e facilita a canalização dos investimentos italianos emPortugal. Tern-se registado urn crescimento desses investimentos.

Contudo, ha que ultrapassar o défice de prornoção quePortugal faz de si próprio no estrangeiro. A Italia conhecepouco de Portugal. No entanto, assistiu-se a urn enormeincremento dos investimentos italianos em Espanha. Ha queagir na mentalidade dos operadores portugueses no sentido