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II SÉRIE -C — NÚMERO 6

de 1996. Eis porque há aqui um esforço da nossa parte para garantir que as despesas possam, cada vez mais, ter uma eficácia em termos de melhoria de qualidade.

O Sr. Secretário de Estado do Ensino Superior (Jorge Silva): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, quero, em primeiro lugar, completar a resposta às questões que foram colocadas pela Sr.° Deputada Luísa Mesquita.

Sobretudo quanto à questão da ampliação da capacidade instalada no ensino superior, gostava de referir-lhe, sem ser exaustivo, uma vez que tenho uma lista à minha frente, que só entre Novembro de 1995 e Novembro de 1996 — portanto, na vigência do actual Governo — tiveram lugar as seguintes aberturas de concurso e adjudicações de obras: na Universidade do Algarve, o edifício das Ciências no valor global de cerca de 200 000 contos; na Universidade de Aveiro, a construção do complexo pedagógico, no valor de 600 000 contos; na Universidade da Beira Interior, o departamento de Engenharia Civil, no valor de 600000 contos — isto em números redondos, naturalmente, mas posso depois dar-lhe em pormenor os quantitativos e as datas em que foram feitas ou as adjudicações ou mesmo o início da obra; na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o chamado edifício C8, no valor de 2,2 milhões de contos; a ampliação das Faculdades de Letras e de Direito da Universidade de Lisboa; na Universidade do Minho, a Biblioteca Pública de Braga, onde vamos fazer uma intervenção no valor de 345 000 contos; na Universidade Nova de Lisboa, os departamentos de Matemática, de Engenharia Mecânica e de Engenharia Civil, com o valor global de 2,3 milhões de contos; na Universidade Técnica de Lisboa, arrancou a torre de Química, num valor global de 570 000 contos; a adjudicação da Faculdade de Engenharia do Porto, com um valor global de 7,7 milhões de contos; no ISCTE, o edifício n.° 2, com o valor global de 3,4 milhões de contos.

No no ensino politécnico levamos a cabo as seguintes iniciativas: a ampliação do Instituto Superior de Engenharia do Instituto Politécnico de Coimbra, no valor de 440 000 contos; no Instituto Politécnico do Porto com o edifício «F» do Instituto Superior de Engenharia, no valor de 1,153 milhões de contos; no Instituto Politécnico de Viseu, a terceira fase da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, num valor de 619 000 contos.

O Sr. Deputado Sílvio Rui Cervan diz estar insatisfeito quanto à acção social escolar na área do ensino particular e cooperativo. Quero dizer-lhe, com toda a frontalidade, que nós também o estamos. Para nós, os estudantes do ensino particular e cooperativo são iguais aos estudantes do sistema público. Portanto, estamos a fazer um esforço muito significativo no sentido de o Estado os tratar gradualmente da mesma forma como trata os estudantes do ensino público. Daí o esforço que se faz no Orçamento do Estado para 1997, estimando um crescimento de 150% nas bolsas de estudo. Penso que aí...

O Sr. Silvio Rui Cervan (CDS-PP): — No bolo total!

O Orador: — Não, no ensino particular e cooperativo. Este crescimento que estou a referir-lhe verifica-se apenas no ensino particular e cooperativo. São 2,2 milhões de contos, quando, nos anos anteriores, as verbas para o ensino particular e cooperativo, em termos de subsídios a propinas, não ultrapassavam os 500 000 contos.

Portanto, é uma actuação gradualista, mas gostava de lhe dizer que vamos introduzir, já no ano de 1996/97, um sis-

tema de bolsas segundo o qual, para além de ter os escalões idênticos aos do ensino público, pagaremos integralmente aos bolseiros o subsídio de propina, o que leva a que cada bolsa para o ensino particular e cooperativo tenha um significado financeiro muito superior ao do ensino público, uma vez que não nos pareceu legítimo que, estando o ensino público a pagar 1200$/ano de propinas, isso não pudesse ser feito em termos de diferenciação com o ensino particular e cooperativo. Uma bolsa do ensino particular e cooperativo significa uma bolsa idêntica para os mesmos escalões do ensino público e, para além disto, o pagamento integral do subsídio de propina a esse bolseiro.

A Sr.* Presidente: — Tem a palavra a Sr.* Secretária de Estado da Educação e Inovação.

A Sr.° Secretária de Estado da Educação e Inovação (Ana Benavente): — Sr.* Presidente e Srs. Deputados, quero apenas deixar três notas sobre questões que já foram referidas.

A primeira tem a ver com a educação de adultos, que, em boa verdade, não é educação de adultos mas, antes, alfabetização e ensino recorrente. Como o Sr. Secretário de Estado do Ensino Superior referiu, o problema de estabilidade e de ligação aos projectos educativos que se põe para todos os professores é bastante cruel, poder-se-ia dizer, nesta área, porque um professor começa este tipo de trabalho e depois tem de interrompê-lo porque é colocado noutra escola.

Isso preocupa-nos, mas preocupa-nos também — e as coisas têm de ser vistas em conjunto — a integração destas actividades na vida educativa das escolas, porque tanto a alfabetização como o ensino recorrente têm estado fora daquilo que são os projectos educativos das escolas. Desse ponto de vista, começou a sua integração nos territórios, os próprios coordenadores concelhios já estão integrados na gestão dos territórios, mas, para além disso, importa-nos desenvolver toda uma série de dimensões da educação de adultos e teremos ocasião de voltar a falar sobre isto, porque é um tema que está em discussão.

A segunda nota tem a ver com os territórios educativos de intervenção prioritária. Este é precisamente um dos exemplos em que, mais do que abrir uma nova linha de financiamento, temos articulação de recursos, porque os fundos para os territórios vieram fundamentalmente — aquele dinheiro directo do financiamento em espécie — dos projectos e programas.

Como sabem há alguns projectos e programas relativamente modestos para as necessidades mas que estão no terreno — há o Programa Educação para Todos, o Programa Educação para a Saúde, o Programa Entreculturas —, e todos eles, que têm intervenções em escolas carenciadas e noutras, como é o caso do Programa Educação para a Saúde, articularam os seus recursos de rnodo a financiarem os territórios. Portanto, não se trata de um novo financiamento mas, sim, de uma articulação de^financia-mentos que já estavam inscritos.

Finalmente, no que diz respeito ao ensino secundário, fui confirmar a sua indicação de que teria sido enviada uma circular recente às escolas, e foi-me dito que o que chegou às escolas foram, no início de Outubro, as orientações de gestão dos programas. Por isso, agradeceria que depois me desse...

A Sr.° Luísa Mesquita (PCP): — Eu dispenso-a ao Governo!