O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-C — NÚMERO 65 __________________________________________________________________________________________________

16

5. A área ardida localizou-se nos distritos do Centro e Norte do país: os distritos de Coimbra, Viseu e Vila Real apresentam mais de 1/3 da área ardida; Porto, Aveiro e Braga registaram muitas ocorrências (47%) mas pouca área ardida (mais de 2/3 têm área inferior a 1000 m2; nos distritos do litoral norte e centro ocorreram incêndios de dimensão fora do normal; a área ardida de matos incidiu sobretudo nos distritos de áreas montanhosas do interior do país (Viseu, Guarda, Vila Real e Bragança);

Figura 3: Distribuição distrital das ocorrências e áreas ardidas (Fonte: DGRF, 2006).

6. As causas que deram origem às ignições dos incêndios florestais em Portugal foram, quase exclusivamente, de natureza humana: cerca de 45% decorre de “causas intencionais” e 30% por motivos de “negligência.”

Acidentais; 12,8%

Indeterminadas; 24,1%

Intencionais; 44,4%

Naturais; 0,2%

Uso negligente do fogo; 18,5%

Figura 4: Distribuição das causas dos incêndios florestais investigadas pela Guarda Florestal em 2005.

(Fonte: DGRF, 2006)

A análise mais detalhada do cluster “causas intencionais” identifica que 73,5% dos incêndios investigados são classificados como “vandalismo” e 14% como “outras causas dolosas.” Em termos práticos, desta informação resulta num escasso conhecimento das verdadeiras motivações que estão por detrás dos incêndios intencionais.

A figura 5 representa as causas associadas ao uso negligente do fogo, que tem nas queimadas para a renovação de pastagens e nas queimas agrícolas e florestais mais de 50% da origem das ignições. Os cigarros, os foguetes e as fogueiras explicam cerca de um quarto das ignições.

Fogueiras5%

Foguetes7%

Fumadores11%

Outras formas de uso do fogo

1%

Outras queimas19%

Queima de lixo3%

Queimas agrícolas e florestais

27%

Renovação de pastagens

27%

Figura 5: Distribuição das causas dos incêndios florestais associadas ao uso do fogo.

(Fonte: DGRF, 2006) Em suma, continuam a ser as práticas tradicionais de uso do fogo no meio rural, mas muito especialmente,

a falta de cultura cívica, quer por negligência, quer com intuito criminoso, as principais causas dos incêndios florestais em Portugal.

2.4.1. Apoios extraordinários decorrentes dos incêndios de 2005 Da informação recolhida junto dos Ministérios respectivos, sobre os apoios extraordinários decorrentes dos

incêndios florestais de 2005, foram atribuídos 13,6M€ de comparticipação aos prejuízos verificados. O Instituto Nacional de Habitação concedeu apoios para novas habitações e obras de reparação, no valor

de 578 000 €, para 58 agregados. Os distritos de Santarém e Leiria representaram mais de 2/3 desses apoios