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4:DE ABRIL DE 1990 133

funcionario'\do BPA —e houve varios que estiveram no Governo — que tenha beneficiado ou tenha pedido idéntico empréstimo. Nao quero saber das empresas pu- blicas, nem do resto. Membros do Governo é que es- tario em igualdade de circunstancias com o Dr. Cadi- Ihe. Era este aspecto, 0 resto nao me interessa.

O Sr. Presidente: — Para responder tem a palavra o Sr. Dr. Joao Oliveira.

OSr. Dr. Joao Oliveira: — Para além do Sr. Dr. Mi- guel Cadilhe, duas outras pessoas membros do Go- verno.

O Sr. Basilio Horta (CDS): — Ha mais dois mem- bros do Governo. Pedia ao Sr. Presidente do Conse- Iho de Administragaéo que dissesse quem eram.

O Sr. Dr. Joao Oliveira: — O Sr. Dr. Carlos Ma- nuel Tavares da Silva, que exerce fungdes no Governo, eo Sr. Dr. Manuel. Carvalho Fernandes, que ja dei- xou de exercer fungdes no Governo.

O Sr. Basilio Horta (CDS): — Tavares da Silva?

O Sr. Dr. Joao Oliveira: — Actual Secretario de Es- tado do Tesouro. O BPA nao tem, neste momento, mais ninguém a exercer fun¢gdes governativas.

O Sr. Basilio Horta (CDS): — Ja tem suficientes.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Domingues Azevedo.

O Sr. Domingues Azevedo: (PS): — Sr. Presidente, apanhando a deixa do Sr. Deputado Vieira de Castro, nao poderia deixar, de maneira alguma, passar em branco e sendo mesmo para ditar para a acta este es- tado de espirito por parte do Sr. Deputado. Vieira de Castro. Uma coisa que nos tem chamado bastante a atencfo é que no inicio das interpelagGes que temos feito nestas e noutras reunides similares o PSD nunca vé necessidade nenhuma, quer pela palavra do Sr. Deputado, quer de outros Srs. Deputados, de ou- vir as pessoas. Comecaria por lembrar as primeiras pa- lavras do Sr. Deputado Vieira de Castro, em que afir- mava: nesta Comisséo nao vemos necessidade da presenca aqui do Sr. Dr. Joao Oliveira.

Por outro lado quando fazemos perguntas no sen- tido de nos esclarecermos, quer ao Sr. Dr. Joao Oli- veira, quer a outras pessoas que tém sido inquiridas nesta Comissdo, notamos um certo nervosismo 4 flor da pele veiculado pelo Sr. Deputado Vieira de Castro

que, sinceramente, temos alguma dificuldade em enten- der. Esta Comissao tem como objectivo aclarar aquilo

que entende que deve aclarar ou tem como objectivo

aquilo que o Sr. Deputado Vieira de Castro quer que

seja aclarado? Clarifiquemos, uma vez por todas, es- tas situacdes, porque primeiro pensamos que nao esta-

mos a ser julgados por ninguém, estamos a tentar en- contrar uma verdade que nos foi remetida pelo Plenario

da Assembleia e nao entendemos muito bem este ner- Vosismo, que vem surgindo no decorrer dos trabalhos,

sinal de que, na verdade, alguma coisa esta por debaixo disto e preocupa os Srs. Deputados e que até agora tem

Sido veiculada pelo Sr. Deputado Vieira de Castro.

Sinceramente tenho algumas duvidas no meio de tudo isto, porque a tranquilidade e a paz de espirito dos par- tidos da oposigdo parece que corresponde um nervo- sismo incontrolavel por parte do partido que apoia o Governo. Sr. Deputado Vieira de Castro, como amigo Ihe peco que se contenha um pouco nestas questdes to- das, porque na verdade estamos aqui para inquirir e nao para ser inquiridos pelo Sr. Deputado Vieira de Castro.

Sr. Dr. Joao Oliveira, as perguntas que o Partido Socialista entendeu por bem formular-lhe nesta maté- tia, formulou-as. Nao tem mais nenhuma pergunta a formular-Ihe e em nome do PS gostaria apenas de agra- decer a presenca de V. Ex.?

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Vieira de Castro.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): — Gostaria de nao o fazer a frente do Sr. Dr. Joao Oliveira, mas tenho que fazer um protesto relativamente a intervencao do Sr. Deputado Domingues Azevedo. Comegaria por di- zer que, se ha quem tenha tranquilidade somos exac- tamente nds ...

O Sr. Domingues Azevedo (PS): — Nao parece.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): — ... e nao iria bus- car melhor exemplo do que aquele que esta contido nas declarag6es do Sr. Dr. Joao Oliveira. Penso que para bom entendedor meia palavra basta. Ha pouco inter- vim a propésito da sua intervencfo porque V. Ex.* pe- diu ao Sr. Dr. Joao. Oliveira uma informa¢4o que nao tinha rigorosamente nada a ver com 0 caso e, por uma raz4o simples, Sr. Deputado Domingues Azevedo, vou- -lhe repetir com o mesmo calor. E que — repito-lhe — 0 ultimo empréstimo que o Sr. Dr. Miguel Cadilhe con- traiu junto do BPA em 1988, quando ja exercia fun- ¢6es de Ministro das Finangas foi contraido ao abrigo do regime menos favordvel e com essa porventura V. Ex.* nao contava. Nervoso estara V. Ex.*, porque eu nao estou.

Sr. Presidente, V. Ex.* ha pouco fez uma referén- cia muito adequada 4 questdo da repeticfo das pergun- tas. Eu ia agora, se me fosse permitido, fazer um apelo aos Srs. Deputados porque creio, Sr. Deputado Basi- lio Horta, que ha pouco mal interpretou os meus apar- tes. Sr. Deputado Basilio Horta, deixe-me que lhe diga que é profundamente desagradavel para quem esta a horas constatar o seguinte. As actas das nossas reunides dividem-se em dois capitulos: No primeiro capitulo sao as perguntas formuladas pelos Srs. Deputados que es- t&éo a horas e respectivas respostas. O segundo capi- tulo € exactamente igual, sao as perguntas dos Srs. Deputados que nado chegam a tempo por razGes que podem ser plenamente justificadas — nfo € isso que esta em causa — e as mesmas respostas. V. Ex.* compreendera que nao é muito agradavel ouvir duas vezes as mesmas coisas e nao sei até se para os depoen- tes é muito agradavel dizer as mesmas coisas duas vezes.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Basilio Horta.

O Sr. Basilio Horta (CDS): — Sr. Presidente, ja ex- pliquei o que se passou hoje, mas agora formalizo-me