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8 ii SÉRIE—NÚMERO 1-CEI

indicaram os seus representantes na Comissão (não é issoque está em causa) —, o que é um facto é que a Assembleia da República é responsável pelo atraso desteprocesso. Nós, da nossa parte, desenvolvemos todos osesforços, que foram comprovados em Plenário da Assembleia da República, na Conferência dos Represenlantes dosGrupos Parlamentares e até, no último caso, com umpedido para agendamento da ordem de trabalhos nessaConferência. Portanto, o nosso empenhamento está expresso e registado.

Este acelerar tem a ver, naturalmente, com o arrastamento deste processo, mas não põe em causa, de formanenhuma, o aprofundamento da situação. Para nós, dosdocumentos e dos dados que apresentámos, inclusivamenteem Plenário, as questões são relativamente claras.

Naturalmente que entendemos que a Comissão deInquérito deve aprofundir e apurar responsabilidades, masera neste entendimento que queríamos que ficasse claro

que o aceleramento tem as suas ponderações necessáriasa considerar.

Á segunda questão, se me permite, Sr. Presidente, tema ver com a deslocação à barragem do Maranhão.Entendemos que, para que possam ser ouvidos declarantes,designadamente sobre questões que tenham a ver com oprocesso do esvaziamento, os Deputados deviam ter conhecimento, no local, de qual é a situação, designadamentedas comportas, para além de poderem ouvir as própriaspopulações, os interessados, os que foram, de facto, prejudicados com todo este processo. Saber, enfim, de pessoasindividuais, o que está em causa na mudança dascomportas e se, de facto, era tão urgente e imprescindívelcomo aparece nos documentos a substituição dascomportas.

Portanto, antes de ouvir os técnicos, as pessoas, pensoque seda importante que os Deputados tivessem conhecimento real dos factos, para que depois pudessem,naturalmente, levantar as questões às pessoas que vieremaqui depor sobre os diversos processos.

É esta a proposta que deixo à consideração.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. DeputadoJoão Mota.

O Sr. João Mota (PSD): — Sr. Presidente, parece-me

que há aqui um tecido social heterogéneo. Somos de váriospartidos, é natutal que haja formas de pensamentodiferentes, mas ao aceitarmos pertencer a esta Comissãojulgo que estamos todos no mesmo «barco» e ao tentarresolver as responsabilidades de um problema ecológicograve não me parece que nenhum partido, seja ele o PSD.o P5, Os Verdes, o PCP, o CDS ou o PSN possa trazerpara aqui a pretensão de ter a coutada dos problemas amhicntais do País, não só deste caso mas de muitos outrosque afligem a sociedade.

Julgo que temos de estar todos desprendidos e dar umsalto para a frente para resolver as consequências dosproblemas económicos, sociais e ambientais deste caso ede muitos outros que possam aparecer, porque, hoje emdia, nenhum partido — tenho a certeza absoluta — está nasociedade sem dentro dele ter pessoas com sensibilidade,exactamente, para os problemas ambientais. Não hánenhum partido, tenho a certeza, que, hoje em dia, nãoseja ecológico, chamemos-lhe assim.

Julgo, portanto, que estamos aqui todos dentro domesmo «barco», com o mesmo espírito, para resolver estecaso concreto e outros que apareçam e não podemos estaraqui, nem eu, nem qualquer outro partido, a puxar para si

a resolução de um problema ou a ter sozinho a verdade.Era só isto que queria dizer aqui, porque me parece que,

no Plenário, poderá haver aquele debate que, às vezes,interesse para a plateia. Aqui o que devemos é avançar.

Preocupamo-nos já com várias coisas, houve um avançoda mesa, que saúdo. Já havia aqui uma proposta elaborada,as coisas são feitas «com pés e cabeça», como costumadizer-se. As pessoas que não vieram da última vez deviamvir, não devemos faltar, e julgo que o que temos é de andarpara a frente e resolver os problemas dentro de uma cenaligação entre todos.

O Sr, Presidente: — Sr, Deputado Joaquim Vilela deAraújo.

O Sr. Joaquim Vilela Araújo (PSD): — apenas parame mostar solidário com o que disse o meu colega.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Lino de Carvalho.

O Sr, Lino de Carvalho (PCP): — Sr. Presidente, háumas questões práticas em relaçãop às datas que aqui estãoprevistas. Fazia a seguinte proposta, por uma questão deorganização dos nossos próprios trabalhos: que seadiantasse um dia, isto é, que segunda-feira, dia 18, nãohouvesse trabalhos da comissão — pelo menos eu e o meucolega Luís Peixoto temos já compromissos de agenda...

O Sr. Presidente: — Faça o favor de adiantar a suaproposta.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): — ... e, portanto,propunha que esses trabalhos se realizassem nos dias 19,20 e 21, deixando a data do relatório provisório paradefinirmos o momento em que o começamos a elaborar,em função da evolução da inquirição.

O Sr. Presidente: — Não será propriamente umrelatório mas mais um documento. Não tem de chamar-serelatório.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): — A proposta era quesegunda-feira não houvesse trabalhos da Comissão, apenaspor uma questão de agendas preenchidas, nossas, ecomeçá.ssemos a trabalhar só na terça-feira.

O Sr. Presidente: — E para que data apontavam adeslocação à barragem?

O Sr. [Ano de Carvalho (PCP): — Sr. Presidente, paranós é indiferente. Podemos ouvir os depoimentos nos dias19 e 20 do corrente mês de Maio, e no dia 21 fazemos adeslocação à barragem ou, então, nos dias 19 e 21 ouvimosdepoimentos e no dia 20 visitamos a barragem. Podia,também, manter-se a deslocação à barragem no dia 20 efazer-se depoimentos nos dias 18 e 21, não me parece queisso seja...

O Sr. Presidente: — Portanto, o dia 18 seria eliminado,quer para depoimentos quer para deslocação.