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36 | II Série GOPOE - Número: 001 | 23 de Outubro de 2008


Disse, ainda, o Sr. Deputado que podíamos apostar mais no investimento. Sr. Deputado, as verbas do PIDDAC e o financiamento global dos projectos do PIDDAC aumentam 13,5%. Se olharmos para a conta das administrações públicas e para o investimento no sentido estrito da palavra (a formação brutal de capital), constatamos que, no conjunto das administrações públicas, envolvendo a administração central e as autarquias, essencialmente, o investimento aumenta 13,1% e que o investimento do Estado e dos fundos e serviços autónomos, portanto, da administração central no seu conjunto, aumenta 30%. São mais 370 milhões de euros de investimento, em 2009, em comparação com 2008! O Sr. Deputado dá a entender que, neste Orçamento, não há um esforço de investimento, que até é contracíclico, mas não pode ignorar estes números e estas taxas de variação do investimento.
Sr. Deputado, permita-me que louve a sua atitude quando diz que 0,6% ou 0,3% não é relevante — e não vale a pena estar a discutir o número. Penso que é uma atitude face à incerteza que sempre envolve as previsões, particularmente aquela que actualmente existe, e permita-me que note essa sua postura que me parece louvável.
Já não concordo consigo quando quer insinuar que com isso se pretende fazer uma manobra de propaganda.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Quanto a isso, já eu sabia que não estava de acordo!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Não, não estou de acordo.
Sr. Deputado, a própria líder do PSD, Dr.ª Manuela Ferreira Leite, diz que vamos crescer o triplo da União Europeia, portanto, não é um exclusivo do Governo reconhecer que Portugal poderá crescer mais do que a União Europeia, pois, repito, o maior partido da oposição também o faz.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Isso não é prova de nada!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Portanto, como o Sr. Deputado pretende insinuar, não há aqui nenhuma manobra de propaganda política.
Quanto à questão do desemprego — e permita-me que não me alongue muito nesta explicação —, hoje de manhã, na resposta que dei ao Sr. Deputado Diogo Feio, tive oportunidade de explicar a razão dessa previsão do desemprego para 2009, que é de 7,6%, ou seja, igual à que temos para 2008.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Acha que é credível?!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Expliquei porquê. Tem a ver com o facto de a taxa de desemprego estar num ciclo descendente, que não deixará de pesar no seu valor médio em termos anuais, e também — e este é um dado estatístico comprovável — com o facto de o desemprego não ser uma variável que reaja em tempo real, chamemos assim, com o crescimento.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Eu disse isso!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Reage atrasado. É o chamado «indicador atrasado da economia».
Portanto, Sr. Deputado, não é correcto tirar a ilação de que, no caso de redução do crescimento, há uma resposta imediata por parte do desemprego. De facto, a evidência estatística comprova-o.
Sr. Deputado, eu não ignoro que, com a actual conjuntura internacional, com o impacto que terá na nossa economia em termos de crescimento, aliás, reflectido nas nossas previsões, são mais difíceis as condições para a criação de 150 000 empregos»

O Sr. Honório Novo (PCP): — Novos!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » atç ao fim do próximo ano, conforme foi previsto há quatro anos. Não ignoro isto, Sr. Deputado, mas há uma coisa que, penso, não podemos ignorar. É que, até este