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73 | II Série GOPOE - Número: 005 | 13 de Novembro de 2008

Gostava de recordar que foram centenas os professores que, de livre vontade, frequentaram esta formação, portanto, não foram obrigados nem a frequência da mesma dá créditos, ao contrário do que acontece com outras.
Esta acção de formação foi organizada para os chamados coordenadores TIC que são professores a quem no agrupamento são atribuídas determinadas funções de integração das tecnologias de informação no projecto educativo.
O que visávamos era que os coordenadores TIC apoiassem os professores do 1.º ciclo na integração do computador Magalhães no projecto educativo em termos do que poderia haver de novidade. Foi uma acção de formação com grande êxito.
A este propósito, lamento de novo um simples episódio, que durou segundos, de um professor que entendeu fazer o que, do ponto de vista ético, é absolutamente reprovável — e espero que nunca nenhum aluno se lembre de fazer a um professor o que aquele fez em acção de formação.
Aliás, recordo episódios absolutamente lamentáveis que já ocorreram no nosso sistema educativo e que não devemos deixar que se «naturalizem» porque não são naturais, são más práticas, são comportamentos negativos e devemos aproveitar para denunciá-los.
É a primeira vez que me pronuncio sobre esta matéria, mas faço-o com bastante sentido de responsabilidade e por considerar ser meu dever, porque é uma má prática quebrar todas as regras de confiança que é um elemento fundamental em sala de aula, quer envolva crianças quer adultos. Quem é professor sabe bem o que isso significa. Portanto, quebrar a regra de confiança sem o consentimento dos colegas professores é uma má prática, repito.
Foi utilizada uma má prática para fazer a divulgação, em segundos, de um episódio descontextualizado — não sei se foi, se não — de uma acção de formação que envolveu centenas de professores, durante centenas de horas, que teve uma avaliação positiva — os formadores foram avaliados pelos próprios formandos que preencheram um formulário, avaliando o conteúdo das aulas e a performance dos primeiros —, sobre a qual há um vastíssimo conjunto de informação.
Todavia, um episódio de segundos, que, insisto, resulta de uma má prática, faz com que se tenha ficado com uma ideia muito distorcida em relação ao que foi esta acção de formação.
Como já disse, o Ministério da Educação, por considerar importante que a acção fosse feita, apenas criou as condições para as empresas terem oportunidade de explicar as especificidades do computador Magalhães, não foi quem teve a maior responsabilidade por esta acção de formação nem por a mesma se ter transformado numa questão tão ridícula e tão incómoda, felizmente, apenas num caso e que durou segundos.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr.ª Ministra.
Vamos, então, passar à segunda ronda de perguntas, para o que cada grupo parlamentar dispõe de 5 minutos.
Começando pelo PSD, tem a palavra o Sr. Deputado Emídio Guerreiro.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, começo com uma pequena nota para corrigir uma informação que aqui foi dada.
Não fui eu que disse que o Conselho Científico para a Avaliação de Professores reunia de dois em dois meses ou de duas em duas semanas. O que disse foi que, por parte do Conselho Científico, fomos ouvindo menção à reforma da Sr.ª Presidente e à demissão de alguns dirigentes.
A este propósito, não posso deixar de referir a figura do Prof. José Matias Alves e as declarações que fez no momento da saída. Recordo que ele foi nomeado para o cargo por indicação expressa da Sr.ª Presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores e, directamente, pelo Gabinete da Sr.ª Ministra.
Tendo feito esta precisão, também devo dizer que fiquei com muita curiosidade em saber a que blogue é que a Sr.ª Ministra se referia já que, de facto, leio muitos blogues mas não sei se leio ou não esse. Se puder dar-me o endereço, irei verificar se consta da minha lista de favoritos e, se não, adicioná-lo-ei porque já vi que merece ser consultado com alguma regularidade.
Fica, pois, a nota de que, hoje, a Sr.ª Ministra reconhece que há problemas e que o modelo de avaliação é de difícil aplicação.