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20 DE JUNHO DE 1997

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O Sr. Presidente: Sr. Deputado, justamente por isto: é que as forças de segurança, para poderem ter

um regime específico de restrição de direitos com previsão constitucional, escusam de estar equiparadas ao

regime das forças armadas, e isso é um benefício, no meu ponto de vista, muito grande para caminharmos

num sentido de maior lógica civilista dos serviços e forças de segurança. É o ponto de vista dos subscritores

da norma!

O Sr. João Amaral (PCP): Isso não é verdade! Hoje os agentes da PSP têm um estatuto de restrição de

direitos que não é o estatuto da condição militar, o que é totalmente diferente!

O Sr. Presidente: O Sr. Deputado João Amaral fez a pergunta que era saber se isso tinha cobertura

constitucional.

O Sr. João Amaral (PCP): Não, não. O que o Sr. Presidente me disse foi que eu cometia um erro, e que

registou na acta, se não votasse a favor disso e argumentou dizendo que, na configuração das forças de

segurança hoje, todos eles tinham as restrições decorrentes do estatuto militar. E eu disse ao Sr. Presidente,

também para acta, que isso não é verdade. Por exemplo, os agentes da PSP têm hoje a Lei n.º 6\90 — para a

qual, aliás V. Ex.ª e eu também demos uma contribuição, tal como o Sr. Deputado José Magalhães —, lei que

não tem esse enquadramento. Portanto, não consigo perceber qual é a vantagem disto.

Aliás, eu não sei a quem é que o Sr. Presidente Jorge Lacão explicou minuciosamente qual é a vantagem

disto em termos de ficar convencido que isto era «salutar», «bom» para a Democracia portuguesa.

O Sr. Presidente: Estou plenamente convencido disso, Sr. Deputado!

O Sr. João Amaral (PCP): Sr. Presidente, não tenho a mais pequena dúvida de que o Sr. Presidente

está convencido disso, isto é, de que está inteiramente de boa fé. Mas nunca percebi o raciocínio e não ver

ninguém aqui.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): Nós compreendemos!

O Sr. João Amaral (PCP): Posso perguntar ao Sr. Deputado Luís Marques Guedes o que é que ele

retira desta norma?

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Está na acta!…

O Sr. Presidente: Sr. Deputado João Amaral, proponho que votemos. Os Srs. Deputados do PSD

designadamente, estão de acordo?

O Sr. João Amaral (PCP): Isso não vale a pena… Sr. Presidente, só há uma coisa que lhe peço: não

pergunte ao PSD se tem pressa de aprovar esta norma!

Risos.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Temos, temos!

O Sr. Presidente: Srs. Deputados, vamos passar a votar a proposta comum de alínea p), apresentada

pelo PS/PSD.

Submetida à votação foi aprovada, com votos a favor do PS, do PSD e do CDS-PP e votos contra do PCP,

tendo obtido a maioria de dois terços necessária.

É a seguinte: