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Sá Carneiro, ácerca do crime de offensa corporal no superior.

E logo sendo presentes as testemunhas João Pereira Mousinho de Albuquerque e Antonio Augusto de Sousa, devidamente intimadas, mandei que se recolhessem a uma sala apropriada; e sendo chamadas pela ordem respectiva, veiu a primeira, que disse chamar-se João Pereira Mousinho de Albuquerque, capitão do estado maior de artilheria ajudante de campo do governador da praça de Monsanto, de trinta e dois annos de idade, casado e morador na rua de Santo Antonio dos Capuchos n.° 42, 2.° andar; foi ajuramentada em fórma legal, e aos costumes disse nada. E perguntada ácerca da offensa corporal no superior praticada pelo cirurgião mór do regimento de artilheria n.° 2 o sr. José de Azevedo Castello Branco, deputado da nação, no tenente coronel do regimento de cavallaria n.° 2 o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa, disse que, na tarde do dia 9 do corrente mez de maio seriam quatro horas, estando no corredor da camara dos senhores deputados notou que entre o tenente coronel de cavallaria n.° 2 o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa, que se achava a alguma distancia delle testemunha, e um individuo vestido á paizana se trocavam expressões que, pelos gestos que as acompanhavam lhe pareceu que não deveriam ser agradaveis nem para um nem para outro; que logo em seguida o alludido individuo vestido á paizana offendeu o tenente coronel de cavallaria n.° 2, o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa com uma bofetada. Immediatamente o aggredido e o aggressor foram separados por algumas das muitas pessoas que estavam proximas á porta que do mesmo corredor dá saida para a escada, logar onde se deu o conflicto, sendo conduzido cada um em direcção diversa. Que indagando logo quem havia sido o aggressor soube que era deputado da nação, cirurgião mór do regimento de artilheria n.° 2 e se chama José de Azevedo Castello Branco. Disse finalmente que o tenente coronel de cavallaria n.° 2 o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa estava uniformisado, e desarmado por assim ser praxe naquella camara. E mais não disse; e, lido o seu depoimento o achou conforme e ratificou, e vae assignar no fim deste auto.

Veiu a segunda testemunha que disse chamar-se Antonio Augusto de Sousa, primeiro sargento graduado aspirante a official n.° 44 da quinta companhia e n.° 225 de matricula do regimento de cavallaria n.° 2 de vinte e um annos de idade, solteiro e morador na calcada da Ajuda