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Sessão de 3 de Dezembro de 1917 11

tutos. Esta hipertrofia personalista, êste figurino incompatível com a sã democracia, não mo parece aceitável.

Lamento, Sr. Presidente, que a magnitude do assunto não interesse a toda a Câmara, ou que de todos os lados se lhe não dedicasse a atenção, mas antes uma ligeira, risonha e desdenhosa atenção.

A responsabilidade a quem toque! (Apoiados). Na votação desta moção ou apenas pretendo inocular perante o país - permita-mo V. Exa. e a Câmara a audácia - a responsabilidade do voto do todos nós, sem ofensa nem melindre para aqueles que possam ter opinião em contrário. Esta questão, a meu ver, deve pairar bem alto das paixões mesquinhas dos homens. É bom que fique bem acentuado que, neste assunto, não há distinções partidárias: há republicanos ou não republicanos!

O Sr. Alberto Xavier: - E Deputados da Nação!

O Orador: - Sim, senhor! E Deputados da Nação!

E natural que invoque as palavras do ilustre Chefe do Estado, pronunciadas em 1907. Então S. Exa. classificou a reforma de espírito jesuítico. Agora combate-se pelos mesmos princípios defendidos então pelo Sr. Bernardino Machado, o nenhum republicano poderá afirmar que o prestigioso Chefe do Estado não tinha razão, e que quem a tinha era o autor ou defensor do regulamento. (Boiados).

Espero que a minha moção seja aprovada. Só assim nos poderemos impor ao respeito que se deve aos homens públicos.

Desejo mais uma vez acentuar que, com as minhas palavras, não quero dar a mais ligeira beliscadura no prestígio ministerial, nem tam pouco no prestígio do Sr. Ministro do Instrução Pública, embora possa discordar da sua opinião.

Disso S. Exa. que não revogava o regulamento - foram as palavras de S. Exa.

Disse mais S. Exa. que desejava que o parecer sôbre o regulamento entrasse imediatamente em discussão. A Câmara, de acôrdo com S. Exa., fez o que o Sr. Ministro desejava: consentiu em abrir imediatamente a discussão sôbre o assunto.

A questão é tam complexa que pode demorar muito, e já ouvi dizer que um Sr. Senador tencionava falar durante quatro ou cinco dias. Não admira. Quando se começar a puxar pela pedagogia própria e alheia, não me causará admiração que o debate se prolongue indefinidamente.

Ora a situação é grave, porquanto os liceus já estão fechados, pode assim dizer-se há um mês. A não ser que o Sr. Ministro queira fazer a degolação dos inocentes das escolas.

Convencido de que a minha moção é conciliatória, mando-a para a Mesa, sujeitando-a à deliberação da Câmara.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Vai ler-se a moção, para ser admitida.

Parece-me, porêm, que a última parte já está prejudicada pela votação da Câmara.

O Sr. Costa Júnior: - Não está.

O Sr. Presidente: - Vai ler-se o parecer da comissão de verificação de poderes sôbre a eleição do círculo n.° 41 (Ponta Delgada).

O Sr. Presidente: - Constâncio-me que só encontra na sala dos Passos Perdidos o Sr. Deputado recentemente eleito por Ponta Delgada, Jaime de Sousa, convido os Srs. Deputados Abílio Marçal, Bernado Curto, Vasco de Vasconcelos e Hermano de Medeiros a introduzirem S. Exa. na sala, a fim de tomar assento.

S. Exa. é introduzido na sala.

O Sr. Presidente: - Cumpre-me comunicar ao Sr. Deputado Costa Júnior que o processo referente à eleição de S. Tomé está afecto à segunda comissão de verificação de poderes.

O Sr. Costa Júnior, agradece a informação do Sr. Presidente.

O Sr. João Camoesas: - Sr. Presidente: começo por enviar para a Mesa a seguinte

Moção de ordem

A Câmara considerando que é absolutamente indispensável pôr fim à situação anormal em que vem vivendo o ensino secundário, resolve discutir imediatamen-