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poder três homens que obstinadamente quriam sair.

Não havia outra resolução a. tomar senão esta, é não tinha de resolver-me pela consulta ao Chefe de Estado, visto que a •situação se mantém a mesma, que até aqui.

Uma voz:—A democrática.

O Orador:—Se ^^. Es:.3'5 trazem a maioria à Câmara ou arranjam qualquer disposição...

Interrupções diversas, produzindo confusão.

O Orador:—É curioso que eu, tendo sido .atacado pessoalmente pelo Sr. Ea-' mada Curto, 'o não interrompesse e o ouvisse com o máximo respeito e atenção com que ouço todos os oradores, e agora, mal tendo começado Q meu discurso há um minuto, S. Ex.as me interrompam.

Compreendo que S. Es.as não tenham, empenho em me 'ouvir. Compreendo bem...

O Sr. Uauiaua Curto frisou bem a minha fraqueza de oratória.

Koalmente eu não tenho aquele brilho que S. Ex.a dá a todos os seus discursos, mas pena ó .que S. Ex.a não trouxesse o mesmo brilho quando esteve nas cadeiras do poder, e deixasse adormecidas as extraordinárias medidas que ora propõe.

Tenko pena que. o Sr. Kamada Curto só pense no pais qnando está na oposi-1 cão. "

S. Ex.a, que teve! o poder na mão, não fez nada ou quási nada,. &,, saindo do po-dei-j ó pródigo em apresentar argumentos^ . Aparte dos. Deputados- socialistas.

O Orador: — Isão está no meu espírito atacar ninguém,, mas, atacado como fui. por três leaders, que tinham sido Ministros,, e um deles Ministra das Finanças:, com o seu nome ligado àsr responsabilida-dês do Governo. - «•

Da minoria satialista partem, ininterruptas exclamações., estabehcendo~s.e grande agitação' na Câmara..

Q Orador (repetidas, vezes):.— {Este barulho, ó porque, me não querem ouvir!.

O Sr. Presidmite chama, à, ordem, várias vezes*

Diária da. Câmara dos Deputado»

O Orador: — Não se^canse V. Ex.a que eu- falo mais alto. Continua a agitação.

O Orador : — j Não compreendo a sanha daqueles que me atacaram!'

1-c.iu tenho o direito de me defender!

Este Governo foi aqui atacado por causa duma frase que ou proferi, dizendo que o Orçamento apresentado era obra de fancaria.

Eu explico essa frase.

Este Governo subiu ao poder em condições que teve de apresentar 'o Orçamento com cinco dias apenas de vista.

Esse Orçamento, apresentado à Câmara pelo Sr. Rego Chaves, era, por assim dizer, o Orçamento do Governo anterior, sendo as suas despesas computadas cm 195:000 contos.

£ Sabe V. Ex.a qual era a despesa no Orçamento de 1918?

Era do 05:000 contos, j Quere dizer, nos seis meses que passaram antes dOste Governo subir ao poder as despesas passaram de 95:000 centos a 195:000 contos!

^Com que direito só vem atacar um Governo que não tom feito despesas inúteis? As despesas que há são consequência do Governo anterior.

Muitos apartes.

O Orador: — Es-ta é que é a verdade-Oue a responsabilidade vá a quem tocar. Comparem V. .Ex.as e vejam !

O Sr. Júlio Martins: —«;E os 3:000 contos para a greve ferroviária?

O Orador:—A responsabilidade da greve.não é minha, mas a pessoa que estivesse neste lugar havia de manter forçosamente o prestígio do poder. Com estas acusações voltamos ao tempo antigo em que a dignidade pessoal era atacada. Hoje a propósito da imprensai que defende o Governo, e diga-se^ de passagem qne é feita essa defesa sem ser pedida, mas, a esse propósito) chegóu-se à suspoição de que havia nos- transportes marítimos interesses pessoais do- Governo.

Uma voz: — Ninguém ouviu isso