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Diário da Câmara dos Deputado*

,; Então eu não disse que o Sr. Ministro do Trabalho apresentaria em breves dias à Câmara o seu trabalho quási concluído sobre legislação mineira?

í Então eu não disse que o Sr. Ministro da Marinha tem estudadas várias e curiosas medidas de fomento que muito vão interessar à navegação, tencionando ainda apresentar uma proposta de crédito marítimo? °

(jEntão eu não disse que o Sr. Ministro do Comércio e Comunicações viria apresentar ao Parlamento uma proposta para o complemento da rede íerro-viária em todo o país e bem assim um projecto de reconstrução de estradas em todo o país?

£ Então eu não disse que o Sr. António Maria da Silva, actual Ministro das Finanças, esperava exactamente desta colaboração q poder apresentar medidas de efeito permanente?

Sim, Sr. Presidente; tudo isto eu disse. Tudo isto os Srs. Deputados ouviram, excepto aqueles que não querem ouvir bem.

Quanto a impostos e a empréstimos, creio bem que as minhas palavras sobre o assimtQ| foram bem apreendidas sobre o seu alcance por toda a Câmara.

Não se faça má política! E má política é esta de atacar o Governo por cousas que não correspondem à verdade. Não se diga, pois, que o Governo nada traz ao Parlamento.

O Sr. António Granjo (interrompendo}:— Ouvi S. Ex.a dizer isso, mas a verdade é que não dei a essas declarações a importância que V. Ex.a lhe atribui, no sentido de que semelhantes trabalhos venham influir desde já, como é mester, duma maneira sensível, para a solução do nosso .problema financeiro e económico.

O Orador: — Eu disse mais. Disse que o_Sr. Ministro.dos Negócios Estrangeiros, com o fim de estreitar ae relações comerciais que já temos com diversos países, entende que devem criar-se agentes consulares, cuj a missão será o estudo da situação do país em que a sua acção se exerça, para nos trazer os elementos necessários para que possamos desenvolver o nosso comércio.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — <_ que='que' país='país' os='os' militares='militares' custam='custam' tanto='tanto' devem='devem' ao='ao' p='p' acabar='acabar' adidos='adidos' mantidos='mantidos' são='são' _='_'>

O Orador: — As ideas do Sr. Ministro da Guerra são essas.

Já que falamos do Sr. Ministro da Guerra, eu vou responder ao Sr. Júlio Martins. sobre o que expôs com referência aos oficiais milicianos.

(j S. Ex.aoSr. Júlio Martins, é também oficial miliciano, não é?

O Sr. Júlio Martins: — Fui. Estou licenciado .

O Orador: — Muito bem. E miliciano. Então procuro S. Ex.a, no seu próprio interesse, assegurar-se melhor da questão. Depois verá que só no nosso país, e por culpa de todos, ó que se faz o que se está fazendo com os oficiais milicianos.

Eu posso garantir a V. Ex.a que dos milhares de oficiais milicianos que as necessidades da guerra chamaram às fileiras em França não ficou um, e que em Inglaterra cento e quarenta e seis foram obrigados a abandonar o serviço...

O Sr. Júlio Martins: — V. Ex.a esquece-se de que as condições externas da Inglaterra são bem diíerentes das nossas.

O Orador:—É certo que em Inglaterra se adoptou um procedimento especial para com alguns desses oficiais, conservando nas fileiras perto' de vinte mil, que não podiam arranjar colocação imediata. As nossas condições económicas não nos permitem, porém, fazer o mesmo.