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Sessão de G e 7 de Janeiro de 1920

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a maior parte deles foram encorporados no exército por sua livre vontade, e não se reconhece esse direito a uma praça, a um simples soldado ?

Eu devo dizer que quando estive em França não fazia distinção entre oficiais milicianos e oficiais do quadro, principalmente na arma de artilharia, onde, numa questão de competência, me seria difícil optar por estes ou por aqueles.

Ora, o que devemos fazer é escolher entre Csses oficiais aqueles que maiores provas de competência deram para satisfazer às necessidades do exército, e mandar os restantes embora.

O Sr. Júlio Martins:—Mas S. Ex.a contrata-os.

O Orador: — Eu contrato-os realmente, porque se os oficiais que hoje estão a fazer serviço são suficientes para o serviço do exército não o são, todavia, para o serviço da guarda republicana.

O serviço da guarda nacional republicana «é conipletamente diverso do do exército. O exército tem outra missão, e não são precisos na guarda os mesmos conhecimentos.

O Sr. Júlio Martins: — «>E estes têm competência reconhecida?

O Orador: — Têm. Eu conheço, por exemplo, um capitão miliciano de artilharia, que serviu comigo em França, quê é um dos mais distintos oficiais des-sa arma.

O Sr. Ramada Curto equivocou-se quando, a propósito dos adidos, disse que isso já constava duma lei existente e que não apresentávamos nenhuma novidade e apenas cumpríamos a lei.

Não é bem assim. O que o Governo se propõe ó reduzir os quadros ao mínimo, o que é uma cousa bem diversa.

Sr. Presidente: creio ter demonstrado

Câmara que a pobreza de ideas do Governo não é, a final de contas, tam grande como S. Ex.as querem fazer ver.

Deixei ficar no cesto dos papéis velhos a questão dos navios, propositadamente.

Nem por mim, nem pelos homens que estão nas cadeiras do Governo perco uma palavra sequer na defesa da honorabilidade de qualquer deles. (Muitos apoiados).

Dispenso-me mesmo de entrar nessa discussão, porque se essa onda de lama

aparecesse tonho a certeza de que ela resvalaria por todos nós, sem nos salpicar.

Por último, o Sr. João Gonçalves fez--me uma pregunta a que eu desejo responder, embora o não possa fazer precisamente, porque a comissão encarregada de apresentar o seu parecer sobre a equiparação de vencimentos ainda o não apresentou. Não sei, portanto, o resultado a que a referida comissão chegou, mas o que posso dizer desde já é que, dentro das nossas normas de comprimir as despesas, nós manteremos o que tencionamos a esse respeito, não aumentando as despesas, o que não quere dizer que não haja, possivelmente, funcionários mal pagos, que bem merecem que lhes melhoremos a situação, aumentando-lhes os vencimentos.

. Como já disse, porém, eu não posso dar uma resposta precisa, porque não sei o que dirá a comissão; simplesmente declaro qual é a orientação do Governo sobre este assunto.

Com respeito à Conferência da Paz, a que vários oradores se referiram, ela está reduzida actualmente a cinco representantes nossos, sendo três empregados que coadjuvam os Srs. Afonso Costa e Teixeira Gomes.

Há mais pessoas que estão em França, mas não pertencem à Conferência da Paz. t

Sr. Presidente, dou por findas as minhas considerações.

O Sr. Presidente: — Em vista do adiantado da hora, vou interromper a sessão para continuar amanhã, às 14 horas.

(Não apoiados}.

Vozes : Não pode ser! A sessão foi prorrogada até se discutir o assunto!

O debate tem de terminar hojo! Presidente parcial não pode ser I

O Sr. Presidente: — Está interrompida a sessão.

Eram 20 horas e 15 minutos.

SEGUNDA PARTE

O Sr. Presidente: — Está reaberta a sessão.