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uma exaltação de momento e não me dando por ofendido.

O Orador : — Foi exactamente o ataque de V. Ex.a que produziu ? minha exalta-

Se V. Ex.a estivesse presente na sala nessa ocasifio, quando eu falei, ter-me-ia interrompido certamente, como agora com essas explicações, e «ú ter-me-ia logo calado.

S. Ex.a não estava presente para mó ouvir, • e por consequência -só teve conhecimento pelos jornais do que eu disse.

Aceitaria, repito, as explicações do Sr. Ramada Ca»to. (Apoiados}.

Mas agora julgo terminado por esta forma o incklente muitíssimo desagradável, que não foi provocado propositadamente., mas resultou da convicção em que estava de que S. Ex.a me tinha produzido um ataque pessoal.

Fica -pois, esperoro. dadas estas explicações, o incidente sanado. (Apoiados).

Eeferiu-se S. Ex.a também a vários actos praticados por S. Ex.a no Ministério, e que envolvem o Ministério presidido pelo Sr. Dr. Domingos Pereira.

Também eu onteni o envolvi, mas devo dar uma explicação.

Fui daqueles que não combateram o Ministério Domingos Pereira.

Vejo em S. Ex.a, além de um amigo pessoal, um correligionário digno da maior consideração.

O Sr. Ramada Curto foi dos que sancionou as despesas que acusa, não se opondo a elas.

jii preciso não estabelecer a especulação^ a este respeito.

Esse Ministério

Eu não ataco o Ministério Domingos Pereira, mas sim os Ministros que aumentaram as despesas, e ataco S. Ex.a que era o zelador da Fazenda Nacional, como todos os Ministros da Fiuanças.

V. Ex.a -não se opôs a nenhum destes aumentos. * .

O Sr. Ramada Curto: — O Ministro do Interior de então, aumentou e muito bem, •nosse momento, a despesa com a guarda republicana em 15.000 contos, e o da •Guerra iguaínieníe.

Diário da Câmara doa Deputados

,>De quem é a culpa? Não acusem os outros duma obra que ainda hoje existe. c

O Orador:—Ilá despesas incontestavelmente justas, outras que há necessidade de aumentar ainda e ainda outras que é necessário cortar. .E nunca om caso •algum o Ministro das Finanças deixa de ser responsável pelos aumentos.

O Sr. Ramada Curto:—Aceito essa responsabilidade.

Os outros Ministros das Finanças não têm procedido como ou procedi.

O Orador: — Termino as minhas considerações, dizendo que realmente o Sr. Ramada Curto se vangloria bem alto de ter praticado um acto benemérito: ó acabar com as despesas da guerra.

Praticou, porém, esse acto só quando estava em ablativo de viagem; emquanto lá estava, não o fez.

Vários apartes.

O Sr. Ramada Curto (interrompendo)*.— ^ Sabe V. Ex.a em quantos milhares de contos aumentou a receitei? Não sabe os números ?

O Sr. Presidente do Ministério (Sá Cardoso) : — Não senhor.

Os apartes não foram revistos pelos oradores que os fízçram.

O Sr. Júlio Martins: — Ouvi ontem a resposta do Sr. Presidente do Governo, e só me resolvi a pedir a palavra quando S. Ex.* quis colocar a questão da resolução da crise em face das considerações que eu tinha feito.

'O Sr. Presidente do Ministério afirmou ontem na Câmara, e Tem hoje confirmado num jornal seu afecto, que S. Ex.a tinha dado uma réplica formidável e irrespon-dível a três ex-Ministros do Governo anterior.

Eu não vou neste momento escalpelizar a obra do Governo anterior.