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Stat&o de 6 e 7 de Janeiro de 1920

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honesta, e que estava disposto a discutir fosse coin quem fosse sobre essa obra.

Mal vai, Sr. Presidente, aos Governos quando precisam de lançar mão da obra dos Governos anteriores. .

Fiquei espantado das ideas que germinam na cabeça do Governo.

O CovCrno sobre a questão mais palpitante, que interessa hoje todos os indivíduos altamente cotados neste país, sobre a questão que navega por mares encapelados e duvidosos, sobre a questão dos navios, sobre a questão da marinha mercante, o Governo não tem a mais pequena idea, o Governo não sabe o que quere, o Governo é o próprio, a afirmar que ossos navios devem sair da administração do Estado. Afirma simplesmente que é necessário renovar a nossa marinha mercante, mas não diz mais nada.

O Governo do Sr. Sá Cardoso,0 na hora em que se recompõe, depois duma inércia de seis meses, não tem sobre o assunto a mais pequena idea.

•Que nos diz o Governo?

O que diz o homem da esquina, o que diz o empregado de caie, o que diz qualquer pessoa.

j Que é necessário modificar o regime dos nossos caminhos de ferro! £ Que ideas tem o Governo sobre o assunto? N'ão se sabe.

Que vamos ter tratados de comércio. Que vamos ter um tratado de comércio com a Argentina, que vamos ter um tratado de comércio com o Brasil, que vamos ter um tratado de comércio com a Espanha.

Sr. Presidente: isso tudo já se lia nos discursos da coroa do decantado tempo da monarquia.

Sr. Presidente: preguntei eu e torno a preguníar: <_ que='que' paz='paz' é='é' quo='quo' tratando='tratando' o='o' justo='justo' p='p' se='se' na='na' está='está' parlamento='parlamento' saiba='saiba' não='não' conferência='conferência' república='república' da='da' _='_'>

Pois mudos e quedos- ficam os Ministros sObro o assunto.

Diz o Sr. Sá Cardoso que já temos somente cinco indivíduos na Conferência da Paz. Não estarão mais indivíduos na Conferência da Paz, mas podem estar outros unidos aojs negócios da Conferencia da Paz.

Preguntei eu: £ corno é que podemos discutir o Tratado de Paz, quo foi distrir buído aos Srs. Deputados, som que con-

comitantemente seja publicado o Livro Branco ?

] A este respeito S. Ex.a não disse a mais pequena palavra!

Disse a S. Ex.a: estou pronto, pelos Deputados que represento neste Parlamento, a propor ao Sr. Presidente do Governo, ou antes a aceitar de S. Ex.a, uma sessão de carácter secreto para que o Parlamento da Kepública, para que os órgãos representativos da Nação, para que os representantes do povo republicano que se sentam nestas cadeiras, nesta hora tremenda da vida nacional saibam, ao menos, o que lá se passa e como têm corrido as cousas que nos dizem respeito.

Sôbrjs este assunto, como sobre todos os outros, o Governo conservou-se profundamente .silencioso e esse silêncio verdadeiramente inconcebível representa muitíssimo .nas circunstâncias especiais em que o país se encontra.

Mas há mais. Eu pregunto quais são as medidas que, pela pasta da A.gricul-ra, o Governo pensa em submeter a apreciação deste Parlamento. Infelizmente a crise foi resolvida por tal forma que nos impossibilita de suber quais as ideas, os planos, os pontos de vista ministeriais. No mesmo dia em que o Presidente 'da Eepública assinava o decreto da nomeação dos novos Ministros concedia-lhes, licença, por algum tempo, por motivo de doença.

Mas o" f acto é que no momento em que se vai fazer a importação de quarenta mil contos de 1rigo, nós temos o direito de saber o que sobre os assuntos da sua pasta pensa o Sr. Ministro da Agricultura e qual a orientação que S. Ex.a vai tomar ; como, porem, S. Ex.a está doente, e oxalá que seja por pouco tempo —o sinceramente o afirmo— o País tem de esporar que S. Ex.a se restabeleça para poder ficar informado!