O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

de 6 e 7 de Janeiro de Í920

48

Há quatro questões importantíssimas: a da agricultura, a das colónias, a de comércio e a das finanças.

Devia liavor um Consellio em que se tratasse exclusivamente das questões afectas às respectivas pastas.

O Ministro murtas vezes não pode falar à vontade, com receio de invadir a esfera da acção dos seus colegas. Tal ó a concatenação dos assuntos que com elas se prendem, tendo ao tratar dum assunto, tratar igualmente doutros.

O mou ilustre antecessor trouxe ao Parlamento duas proposta» de lei : uma sObro propriedade urbana, outra sobre impostos.

Julgo ser a liora própria para apresentar propostas sobre contribuição de registo e industrial, e sobre impostos. Outras propostas serão apresentadas e estudadas com o maior carinho ; 'e estou convencido de que V. Êx.as tanibQin as estudarão patrióticamente.

Temos discutido questões absolutamente inúteis, o não temos direito de continuar nesse caminho.

A todos igualmente tenho direito de pedir responsabilidades, e creio que. todos •devemos ter responsabilidades.

& jii preciso estudar as propostas e emendá-las?

De acordo; mas é preciso que elas se publiquem também sem demora, para que •o país se- convença de que este Parlamento salvará a Eepúblicá. como o Parlamento francos salvoua Eepública Francesa.

Não vou propor ao Parlamento, como proconisou o meu amigo Sr. Ramada Curto, quo sã nfic preencham as vagas do funcionalismo. Só desde a primeira hora tivéssemos fixado os quadros do funcionalismo ao estritamente necessário estou absolutamente convencido de quo podia o funcionalismo tor uma remuneração condigna, o que não aconteceu com a entrada de novos elementos, an^ foi mais do que deveria, para poder tijr n-na vida com TDUÍS conforto, dada r, t^uem realmente trabalho.

O orador na.o $e ouriu neste ^.-.'ío. Dosajurin que a República dessa a

V. Kx.as ÍCMH o direito de exigir que ca trabalhe ; mas se V. Ex.as tivessem a in-

felicidade do estar na pasta das Finanças, e tivessem de apresentar o orçamento no dia lõ, V. Ex.as veriam quanto isso era doloroso.

Eu hei-de fazer com que o déficit seja reduzido em dezenas de milhares de contos. Hei-de ir até onde for possível, e nenhum português que se preze çc podo opor. Nós temos de realizar um, empréstimo interno.-

Tenho a firmo convicção de que esto país se há-de salvar por uma boa obra governativa, e havemos de deixar a nos-' sós filhos o direito do respeito pelos nossos nomes.

Os Ministros das Finanças, e eu bem o sei, estão condenados a duas cousas cruéis: a pedirem-lhe dinheiro e a levarem, bordoada.

Para aqueles-que me vierem pedir dinheiro eu só conheço nm termo, é: «Não», e repeti-lo hei tantas vezes quantas for necessário para convencer de que nada darei.

Para aqueles quo apresentarem uma colaboração que traga uma fonte do receita, a esses abraçarei como melhores amigos, embora na véspera tivessem sido uns grandes inimigos.

Aqui tem a Câmara dos Deputados o programa, por agora, do Ministro das Finanças, que V. Ex.as podem dizer que é muito curto. .

Neste plano não há grandiosidade, mas a Câmara reconhece que me não faltará energia bastante para o levar a. bom terruo.

O problema é difícil para um Ministro. Se o Governo alguma cousa produzir será bastante, se houver espírito de sequência nesse caminho.

O Governo, procedendo assim, mostra a sua boa vontade, assim como o Partido Democrático.

Nesín hora grave c necessário realizar obra absolutamente útil

' O Sr. Vitorino Guimarães afirmou que era chocado o momento de todos os republicanos se unirom para realizar a obra reclamada pelo Governo, porquanto a si-tuneao económica o financeira não se ccin-píuloco com demoras.