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Diário aã Cama.ro, dos Deputado»

tar-se no princípio da selecção, porque, seleccionando-se os animais, não é demais que os homens também se seleccionem quando precisam lutar pela vida.

ó Será porque eu tenho uma grande vontade de apresentar propostas desta .natureza que assim falo?

Certamente que na1 o.

Ontem, disso o Si. Presidente do Ministério que eu apresentaria uma proposta para restringir as promoções.

.0 Sr. Presidente do Ministério (Sá Cardoso), (interrompendo):'— Eu nào disse isso, é equívoco de V. Ex.a >

O Orador: — Aproveito o meu engano para dizer que o princípio é defensável, que possivelmente ter-se'há que ir até aí, mas não julgo conveniente que por aí se comece.

Eu caminharei para o empréstimo in-teruo, porque o externo só se poderá fazer depcis de o .estrangeiro saber que temos Mio todos os esforços para lhe darmos a certeza.- de que o seu dinheiro está garantido, c, no que a este facto diz respeito, eu concordo com o ineu querida arniffo Sr. Ramada Curto quando disse

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que não se- deviam pagar pela rubrica o Despesas de guerra» cousas que com a. guerra nada tinham.

E absolutamente indispensável, para restaurar a moralidade nos serviços públicos, investigar se todas as comissões,.e algumas delas estão generosamente remuneradas, têm razão de subsistir na hora extraordinariamente difícil que atravessamos. Nós temos de ir, portanto, buscar contribuições e impostos a quem de direito, que, seguidas duma compressão orçamental, diminuirão extraordinariamente o déficit, ficando ele, no dmtanto, ainda avolumado.

Mas, nesta hora, ninguém, tem o direito de exigir que um déficit provável de 120:000 contos só possa solver num ano económico; isso seria uma loucura1 e estaria dementado quem tal afirmação fizesse. Estou convencido, porGm, de que ao esforço deste Oovêrno há-de corresponder a boa vontade de todos.

Serei absolutamente intransigente; a energia e as faculdades de trabalho não me faltam, apenas a inteligência não é muita...

Vozes: — Não apoiado, nfio apoiado.

O Orador: — Mas espero qne Y. Ex.as me suprirão essa falta.

E necessário que o estrangeiro verifique que temos feito obra honesta e de compressão de despesas, evitando até que muitos indivíduos que são necessários para o desenvolvimento do comércio e da indústria, venham para o Estado, deixaa-do escritórios e oficinas onde a sua actividade será mais aproveitada, a não ser quo queiramos estabelecer em Portugal a máxima do quo toda a gente deve ser funcionário público.

Para acompanhar esta obra de com-pres.silo de desposas, nós vamos buscar as receitas onde devemos ir, aguardando a oportunidade dum empréstimo interno.

Eu queria também um empréstimo para diminuição da -circulação fiduciária, nEo só para valorizar inais a moeda, mas tarnbôm para contribuir para a resolução do problema das subsistências, e conto qnfi; pelas pastas da Agricultura e das Colónias, só fornecerão os elementos necessários para debelar essa crise.

A França não. teve repugnância em recorrer iio crédito.

Estas questões são máximas sob o ponto do vista económico, mas são duma grando transcendOncia sob o ponto de vista financeiro.

A melhor medida de que podemos dispor é ainda a dos transportes marítimos para desenvolvimento das nossas colónias, resolvendo-se também por ela o problema das subsistências.

A verdadeira soberania colonial é a colonização, demonstrando que temos o direito de sor colonizadores.

Do contrário iremos para tudo que V. Ex.as disserem.

Devendo nós importar 120:000 contos, importamos no ano anterior 300:CCO.

Deve acabar a fabricação do notas, e os câmbios utilizarem-se para as nossas subsistências, em matérias primas absolutamente necessárias ao desenvolvimento da nossa indústria, .para muitos homens não virem pedir lugar à mesa do Orçamento.