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Sessão de 6 e 7 de Janeiro de 1620

tos. Este déficit é da força pública o dos funcionários civis do Estado.

Ningifêm teve, como eu, a coragem de acabar com as contas de saco, pois fui eu que acabei com essas contas pagas por despesas do guerra, em que havia carimbos de diferentes cores. Aumentei a receita dos impostos, organizei essa repartição, onde havia empregados que ganhavam $50 e $60 por dia. Em três. meses aumentei as receitas públicas em cousa parecida com 3:000 e tantos contos.

Quando se diz alguma cousa ó bom que se tenha autoridade para falar. £ Porque é que ainda não se desniobilizou o exército ?

i O GovCrno, que tem tanta facilidade em comprimir as despesas públicas, e que tanto o deseja fazer, compra 1:000 e tantos contos de libras e 1:400 francos!

Sr. Presidente: protesto contra a afirmação em que se diz que eu fiz um "ataque pessoal ao Sr. Presidente do Ministério.

Posso, dizer que S. Ex.a como particular é um verdadeiro gentleman; S. Ex.a pod

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente do Ministério (Sá Cardoso):— Sr. Presidente: começo pelo fim do discurso do Sr. Eamada Curto.

Adopto a classificação de S. Ex.a

.Ru sou o fraque e ele é o jaquetão.

Ernquanto ao resto, devo dizer que-lamento profundamente que ontem não estivesse presente no final da sessão o Sr. Eamada Curto, tanto mais que estando a sessão prorrogada era natural que ou falasse, e tendo S. Ex.a feito um ataque contra mim, que eu me defendesse.

vAs palavras são o que são, têm muito valor para quem fala, mas mais ainda para quem ouve.

Eu recordo as palavras proferidas pelo Sr. António f franjo, cm que S. Ex.a disse que \T'. Ex.a tinha feito um ataque pessoal.

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O Sr. António Granjo (interrompendo) :— Eu lembro-me perfeitamente das pali.vr.as que proferi.

Eu disse que S. Ex.a o Sr. Rrmada Curto tinha produzido contra V. Ex.a um ataque violento, e não sei mesmo : e empreguei a palavra violentíssimo.

Afirmei também que esse discurso tinha constituído um ataque quási pessoal.

Quis dizer com isto que a referência do Sr. Ramada Curto a respeito do Sr. Presidente do Ministério tinha sido por tal forma violenta, sem deixar comtudo de ser justa, que dava a aparência de que era quási pessoal.

Este foi o sentido da minjia frase.

O Orador :— Ouvi a explicação que acaba de dar o Sr. António Granjo e tenho de a aceitar tal como S. Ex.a a produz.

Mas para mim a fraso que S. Ex.a tinha proferido chegou aos n:er.s ouvidos transformada nas palavras: «porventura pessoal».

O Sr. António Granjo: —

O Orador: — Está V. Ex.a enganado.

Eu não me julgo ofendido, porque nem. todos os ataques pessoais ofendem.

Entre ataque e ofensa há uma grande distância.

Se o Sr. Ramada Curto me ofendesse pessoalmente desagravava-me também pessoalmente, lá fora, como já tenho feito doiríras vezes.

O Sr. Ramada Curto (interrompendo):— Agravado pessoalmente fui eu, quando V. Ex.a me acusou de frequentar as casas de batota, emendando depois a mão e dizendo que eu não jogava. -

^Como sabe V. Ex.a se eu jogo ou não ?

Isso ó que se chama pessoalismo.

O Orador: — V. Ex.a produziu um ataque contra o Governo a propósito das casas do jogo o eu disse que V. Ex.a lá ia, embora saiba de boa fonte, que V. Ex.a não joga.