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cultura, isto ó, para que traga ao Parla- l mento, visto que as leis existentes não têm meios para prevenir as fraudes apontadas pelo ilustre Deputado', Sr. Cunha Liai, uma lei que tonha por fira prevenir essas fraudes ou, porventura, outras que possam aparecer.

Assim, Sr. Presidente, o Grupo Parlamentar Popular está disposto a mandar um seu delegado para a comissão de inquérito, mas única e simplesmente com o fim de tratar da questão do pão e da moagem, assunto este que está na tela do debate; mas, repetimos, única o exclusivamente para esse fim, pois, de contrário, desligamo-nos do assunto o deixamos a responsabilidade a essa comissão de inquérito. •

Eu, Sr. Presidente, ouvi com a máxima atenção as considerações apresentadas polo Sr. Ministro da Agricultura, e confesso que, por momentos, se não conhecesse o Sr. João Luís Ricardo e não soubesse que é um homem de bem e um Ministro amante da República, pelas ideas que apresentou e as conclusões a que chegou, concluía que S. Ex.a estava a

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Nós, Sr. Presidente, acusamos a moagem por olu uão ter até hoje cumprido a lei, por ela até hoje ter alterado os diagramas, por ela até hoje ter fugido da lei o ter apresentado constantes reclamações.

Já em 1915, Sr. Presidente, ela dizia que não podia trabalhar com a taxa de 1,03 porque isso seria a sua ruína, quando as suas acções têm subido onormemente, atingindo um preço exorbitante em relação ao seu valor nominal.

Diz-se, Sr. Presidente, que a moagem tem guardado nos seus cofres fortes um grande capital, conseqúôncia da acção de muitos políticos.

Nós, Sr.. Presidente, declaramos aqui muito claro e bem alto que havemos do abrir esses cofres fortes da moagem, trazendo pai;a aqui o nome dôsses políticos, e, se tal não conseguirmos, diremos então ao povo quo abra Osses cofres fortes e que traga cá para fora os nomes desses políticos que, porventura, estejam envolvidos no assunto.

Para honra do todos nós, havemos de abrir as portas dos cofres fortes da moagem e arrancar de lá esses políticos.

Diário da Câmara dos Deputados

Para erguer o prestígio do Parlamento e da política ó necessário dizer aos senhores da finanças, da moagem e de todos os sindicatos do País, que ganhem dinheiro, sim, mas honestamente, porque não será o Estado que irá de encontro aos lucros legítimos de qualquer indústria.

E bom que daqui se erga a independência do /Parlamento e se erga na política a independência dos políticos.

Sr. Presidente: mas dizia eu que a resposta do Sr. Ministro da Agricultura me tinha deixado perfeitamente estarrecido.

O Sr. Ministro da Agricultura declarou aqui que a moagem não podia trabalhar honestamente dentro das cotas estabelecidas pela lei. S. Ex.a afirmou assim que a moagem teria sido levada à realização dessas fraudes pela impossibilidade em que se encontrava de cumprir os diagramas da lei!

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Se assim é, se os poderes públicos íiíirmèim isto só o Ministro o confirma,

preguuto que autoridade temos nós em di/er que a moagem rouba e chamá-la à responsabilidade dos seus crimes !

Mas, Sr. Presidente, ainda mais admirado fiquei das considerações do Sr. Ministro da Agricultara quando S. Ex.a veio dizer ao Parlamento que a lei era má, que a Companhia, dentro dela não podia trabalhar e que S. Ex.a pelo muito respeito que iinha ao Parlamento conservava essa lei.

Apesar desse respeito, o que vemos nós? Vemos que S. Ex.a altera os diagramas da moagem, altera os preços de pão, faz as modificações que entende, rasga por còrnploto a lei, os seus princípios fundamentais, e ao mesmo tempo S. Ex.a deixa dentro da lei aquilo que é" a suprema fraude da moagem, deixa iivre o comércio dos trigos dentro do País.