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Sessão de 25 de Maio de 1920

gastar, e fazendo-se a construção desse estabelecimento pela necessidade de se fazerem reparações nos nossos navios e nos quo cheguem avariados o, tainbôm, de se realizarem construções navais, sobretudo para a marinha mercante, sendo esta a determinante da apresentação desta proposta ou do respectivo decreto de 1918, eu suponho que na Outra Banda, onde já se dispenderam creio que para cima de mil contos, há já um pouco de tudo, excepto qualquer cousa que seja arsenal.

Há as casas para operários, há casas para oficiais.

Unia voz':—Em construção.

O Orador: — Sim, em construção, e creio que até que os próprios oficiais também estão em construção, j Com respeito, porém, ao arsenal, Deus sabe quando ele se fará.

Ora, há a meu ver um facto muito imperioso — e chamo para ele a atenção da Câmara— que deveria levar a junta autónoma a pensar 'em construir primeiro o arsenal e depois as edificações que com muita solicitude se estão fazendo.

Quero acreditar que para a escolha daquele local se fizeram as devidas sondagens, para saber se ali convôm construir o ursenal, por parte das empresas construtoras, para que se metam a fazer uma obra que não seja em demasia precária.

Suponho que sim, e calculo visto que só disso haveria a garantia dessa obra, porque esses trabalhos são sempre contingentes, e desde que há engenheiros, sobretudo no que diz respeito ao orçamento.

Temos que pensar no terreno molhado de que temos o exemplo na linha de Barreiro a Cacilhas, que foi estudada muito bem estudada por engenheiros de toda a competência, e fizeram-ae conforme os respectivos orçamentos.

Outro tanto aconteceu na linha do Vai do Sado, verificando-se que as primitivas sondagens tinham dado bem, permitindo fazer-se o orçamento em três, vendo-se depois quo ora necessário o triplo, por se construir em terreno alagado.

É esta a regra.

Nestas condições, sucedo quo o local escolhido pura a construcfio do Arsonal, A PM pouso — 22:: opinião dr,s sntidados

na matéria — é um pouco sujeito às condições fisicas da margem, podendo suceder o que sucedeu não há muitos anos com o molhe da Companhia Harsent, que resvalou, marchando por ali fora, sem dizer nada a ninguém, escorregando como sobre plano inclinado.

Qticre dizer, parece que só depois dos trabalhos estarem adiantados, é que os engenheiros vão conhecer se de facto t> Arsenal se podo construir.

Veja-se a imprudência e o perigo que corremos de estarmos a fazer construções anexos do Arsenal, quando pode reconhecer-se que o local não pode ser utilizado para estas construções.

Estas considerações parecem-me ser muito ponderosas e indicam o procedimento da junta autónoma, que ainda se não pronunciou, e se pôs a construir à espera do rendimento. Mas estou convencido de que não dirá nada.

Entendeu que deveria construir; mas estas construções deveriam ser sem nenhum intento lucrativo.

Tais casas amanhã deveriam ser habitadas por operários e oficiais de marinha, e eu não acredito que o arsenal na Outra Banda venha a corresponder aquilo que dele se espera.

V. Ex.as compreendem que para a marinha de guerra que nós temos e para a marinha mercante de que necessitamos, um arsenal que nos vai custar . . .

O Sr. Presidente : — Faltam apenas três minutos para se passar à segunda parte da ordem do dia.

O Orador: — Como em três minutos não é possível dizer nada, e muito menos aquilo que tenho para dizer. Peço a V. Ex.a para me reservar a palavra para amanhã.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador^ guando restituir, revistas, as -notas taguigráficas quê lhe foram enviadas.

OBDEM DO DIA