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Sessão de 26 de Maio de í®20

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dir ao contribuinte os máximos sacrifícios, não tem o direito de fazer outras despesas que não sejam aquelas que derivam de medidas de salvação pública absolutamente imprescindíveis.

Foram estas as razões que -me levaram a entrar na apreciação desta proposta e não o propósito de discutir as vantagens ou desvantagens da construção dum novo arsenal, embora seja lícito preguutur se a,1 deficiência de instalação do velho arsenal constitui a única razão de ele não ter o rendimento que seria para desejar.

O meu receio ó de que nós vamos transportar para a outra banda, para novas instalações, os mesmos defeitos, a mesma incúria, o mesmo desleixo que tem imperado, segundo o afirma toda a gento, no arsenal do lado de cá. Já- para lá foram enviados todos os operários sem hábito de trabalho' e eu receio muito que tudo desde as máquinas às pessoas, desde os vícios ao desmazelo seja para lá removido mais dia menos dia.

Eu sei também, que para compensar um pouco as despesas á fazer com esta mudança, se invoca o facto de ficarmos com terreno que esse arsen'al hoje ocupa, que poderia ser destinado à construção duma ampla avenida, de cafés luxosos, depois de vendido por quantias fabulosas que reverteriam em favor do Estado.

Mas, Sr. Presidente, — vá lá a profecia — se o arsena]-se fizer na outra margem do Tejo, o arsenal do lado de cá será imediatamente destinado a um anexo do Terreiro do Paço, porque não faltaria quem aparecesse a, apregoar a absoluta necessidade de o conservar para descongestionamento das repartições públicas.

A este respeito eu não tenho a menor sombra de dúvida. De forma quê se estivermos a contar com as receitas provenientes da venda desses terrenos, más contas decerto deitaremos.

Termino, Sr. Presidente, por pedir desculpa à Câmara do tempo que lhe tomei com as minhas considerações.

Tenho dito.

— Muito O orador não reviu.

O Br. nimnteB da líarin&a (Judice kvkei1);- - Oonuxion o ilustro Br. Brito imuiehoj o sou discurso per ;''h-:uar qnc

se tratava duma obra há muito tempo ambicionada.

Pensar no momento actual em construir um arsenal destinado exclusivamente a satisfazer as necessidades da nossa marinha de guerra seria uma criminosa loucura, mas realizar a solução • desse problema juntamente com o da construção de navios para a nossa marinha mercante, entregando-a à indústria particular, deixaria de ser uma loucura, para ser um grande empreendimento.

S. Ex.a referiu-se à posição escolhida para a edificação do novo arsenal, dizendo .que ela se lhe afigurava inconveniente uma voz que ela ficava sob a acção da artilharia inimiga.

E certo que assim poderia suceder, dada a potência da moderna artilharia de que dispõem os monitores, mas ó preciso não esquecer a acção dos submersíveis, hidro-aviões e a defesa da nossa barra, que os não deixaria, decerto, aproximar de fornia a .poderem fundear para efectuar a convergência do tiro que seria indispensável empregar para conseguir um bombardeamento eficaz dessa posição.

S, Ex.a estranhou ainda que acs obras tivessem sido iniciadas, não pela construção do Arsenal, propriamente dito, mas pela edificação dos bairros operários, declarando ao mesmo tempo que desse facto nenhuma responsabilidade podia caber à Junta Autónoma.

Assim é realmente, mas eu preciso explicar quais as razões que impediram que as obras tivessem começado pela construção do Arsenal.

Houve necessidade de se proceder a trabalhos de sondagem, para que se pudesse abrir concurso.

Realizados esses trabalhos, o primeiro concurso ficou deserto o no segundo apareceram dois concorrentes, a um dos quais, em 14 de Dezembro, a Junta fez a adjudicação provisória.

Os goA^ernos anteriores, levados pela necessidade de dar trabalho aos operários, instou com a junta para que iniciasse a Construção dos bairros sociais, habilitando-se com os fundos necessários.

Referiu-se S. Jíx.a ao rendimento quo a junta tinha calculado.