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saindo dos locais indicados às mesmas horas, e saindo para reconduzirem os Srs. Deputados às 19 horas.

Para as sessões nocturnas os automóveis sairão dos mesmos locais às 21 horas, reconduzindo os Srs. Deputados à meia hora.

O Sr. Sampaio e Maia :—Sr. Presidente : peço a algum dos Srs. Ministros presentes o favor de transmitir ao Sr. Ministro da Instrução o seguinte pedido, que vou formular.

Eecebi de Oliveira de Azeméis um telegrama reclamando contra o facto de não ter a escola de Oliveira de Azeméis, desde 1918, verba, para despesas escolares e despesas de expediente.

Peço, pois, 'que o ilustre Ministro da Instrução remedeie estes inconvenientes, que são prejudiciais.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Agricultura (João Luís Ricardo) : — Ouvi as considerações que acaba de fazer o Sr. Sampaio e Maiu, e transmitirei ao Sr. Ministro da Instrução o seu pedido.

O Sr. Manuel Fragoso : — Sr. Presidente : desejo chamar a atenção do Governo para o que, se publica num artigo dum jornal de Évora, em que se relata que um oficial, ao chogar ao regim.mto, vendo um quadro comemorativo da implantação da República com o retrato das personalidades ilustres que fizeram parte do Governo Provisório, mandara apear esse quadro e com uma raspadeira o inutilizara, e, tendo-se partido essa raspadeira, pedira um canivete e terminou essa destruição.

Parece-me que isto ó bem grave,. e peço ao Sr. Ministro da Guerra a sua esclarecida atenção, e para que, com o seu espírito republicano faça o que é de justiça em assunto de tanta gravidade, e que deve merecer também a atenção desta Câmara, que não deve ter esquecido o que foi o perigoso período de 1918.

Não posso deixar de dizer que este facto é resultado do pouco cuidado que houve no saneamento do exército [Apoiados], e prova que depois de 1918 os republicanos não têm defendido bem a República. (Apoiados).

Diário da Câmara dos Deputados

Isto prova que nós continuamos a esquecer as ofensas que recebemos dos nossos adversários, com manifesto desprezo pela segurança da República.

Há pouco ainda, consultando o relatório sobre o orçamento do Ministério da Guerra, eu vi que esse relatório acusa um número de 1:342 oficiais supranumerários, que custam ao Estado 1:881.270$.

Pois, se a medida de saneamento se tivesse levado por diante, com o rigor que a defesa da República exigia', talvez que esses oficiais não pesassem já no orçamento daquele Ministério. E mal se compreende, Sr. Presidente, que, dando-se este facto, os oficiais que pela República se bateram e que pela honra da Pátria deram o melhor do seu esforço, tanto em Erança ç.orno em África — os oficiais milicianos—continuem a ser desprezados por esta Câmara, que há cerca de 'um mês ou dois aprovou, na generalidade, o projecto que lhes diz respeito, não se tendo mais ocupado do assunto para o resolver definitivamente.

Confiado — repito — no espírito altamente republicano do Sr. Ministro da Guerra, eu chamo a atenção de S. Es.a para este assunto, que ham merec^ também a atenção de todos os que prezam o bom nome e a dignidade da República.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Guerra (Estêvão Aguas): — Pedi a palavra para responder às considerações do ilustre Deputado Sr. Manuel Fragoso. Considero realmente o caso bastante grave e declaro a S. Ex.a que vou tratar de saber como os factos se passaram, assegurando que será castigado quem, porveutura, tenha delinqiiido.

O Sr. Manuel Fragoso: — Felicito a República pela resposta de S. Ex.a