O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

ào

Diário da Câmara doe Deputados

comissão organizada no Ministério da Guerra pára tratar dos direitos daqueles que tomaram parte em movimentos revolucionários.

A primeira vez que esse hoje oficial reclamou foi considerado atendível pela comissão o seu pedido de se contar a sua antiguidade desde 1908, data do primeiro movimento revolucionário em que tomou parte.

Reúniu-se o Conselho de Ministros e reconheceu-lhe só parte dos direitos que a comissão lhe dava. Daí provêm a sua promoção a sargento-ajudante.

Não satisfeito com essa resolução, porém, novamente ele apelou para a comissão que de novo corroborou os direitos que assistiam a tal militar.

Levei este assunto a' Conselho de Ministros, e como era a segunda vez já que a comissão se pronunciou desta maneira, foi-lhe deferido o seu pedido.

Estes são os factos, tal como se passaram.

O Sr. Carlos Olavo (aparte): — Só os oficiais de artilharia e de infantaria que se bateram na guerra ó que não são prO-ClO ViuOB : . .

O Sr. Álvaro de Castro: — Mas o Sr. Ministro da Guerra não tem conhecimento dum processo contra o referido oficial?

O Orador: — Não senhor. Nada me consta a esse respeito.

O Sr. Álvaro Guedes: — Sr. Presidente : desejo chamar a atenção do Sr. Ministro da Guerra para o seguinte:

Li hoje no jornal O Século a notícia de que ia ser aberto concurso para a construção duma linha férrea do Setil a Peniche, linha férrea que é considerada estratégica, sob o ponto de vista militar, inas que ao mesmo tempo serve os interesses das regiões que atravessa. Eu pedia a V. Ex.ft quo intercedesse junto do. seu colega do Comércio para quetambCm fosse aberto concurso para a construção duma linha férrea, que também é considerada estratégica, ligando a Póvoa de Santa .Iria à Ericeiía. .Esta linha ó recomendada pelos nossos primeiros estratégicos, e além de servir es interesses ini-

I litares, pode servir também os interesses ' particulares daquelas regiões.

Pedia também a S. Ex.a o Sr. Ministro da Guerra a fineza de me informar de quais foram os motivos porque a Escola Central de Oficiais foi transferida de Ma-fra para Runa, se por motivos de ordem didática se por motivos de clima.

E ainda pedia a S. Ex.a o favor de informar o Sr. Ministro do Comércio da conveniência que há em transferir a estação de Mafra, para Alcainça, porque assim se evitam maiores despesas ao Estado com a reparação da estrada que liga aquela vila à estação, como ainda se faz com que fique melhor servida aquela histórica vila, pois que. os seus habitantes poupariam mais de dois quilómetros no trajecto para a estação.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Guerra (Estêvão Águas): — Sr. Presidente: acerca do assunto de linhas férreas eu prometo transmitir ao meu colega do Comércio as considerações que acaba de fazer o Sr. Álvaro Guedes.

E sobre o facto da transferência da Escola Central de Oficiais, de Mafra para Runâj eu direi quo esse caso se deu comigo, mas já vinha de herança do meu antecessor o propósito de não se estabelecer em Mafra essa escola.

E esse propósito proveio do relatório do Chefe do Estado Maior do Exército, Sr. general Garcia Rosado, que considerava inconveniente que a escola se mantivesse em Mafra, pela pouca aplicação que os alunos teriam ao fim que se tem em vista.

E realmente assim é, porque os terrenos ali não se prestam para exercícios, pois que a tapada e os terrenos murados que existem em volta da vila dificultam extraordinariamente a resolução de qual-qaer problema tátíco. além de não permitirem quo os exercícios se realizem perto da vila, dando em resultado que os oficiais perderiam a maior parte do sou tempo a transportar-se para o local dos exercícios.