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Portanto, temos os juizes, com quinze ou vinte anos de serviço, recebendo menos do que um rapaz que sai^da escola e que ingressa na magistratura!

Os presidentes da Relação mo, ao- elabqrf)xes£i"irproi>osta, csqucce-ram-GJí^aquilo que deviam à sua situação, 'pois representam a mais alta magistratura do país.

Cuidaram apenas de si e esqueceram-se dos outros.

Porém, fizeram mais.

A Câmara nfto reparou, certamente, m?.s,vou eu diz"er-lho.

Parece ouo, pela proposta, os juizes da Relação e Í& Supremo ficaram ganhando 3.800$, quanta isto não ó assim. Os juízos da Relação e do S.>u)remo esconderam, cm artigos que vêm' nL proposta, aquilo que não queriam que a Cli-rnara soubesse.

Pela proposta parece que são 3.800$, mas são seis e sete contos que os juízos da Relação e do Supremo ficam recebendo. Faço votos para que o Senado corrija essa desigualdade que a Câmara dos Deputados não soube ver. (Apoiados).

Faço votos para que o Senado da Re pública ponha os juizes de 3.a n 2,a classes nas, condições em que devem estar. (apoiados).

Faço votos para que o Sr. Ministro da Justiça esclareça os membros daquela Câmara sobre o que acabo de dizer." , Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio Camacho):—Informo o Sr. Pais Rovisco de que escutei com u maior atenção as suas considerações e que as transmitirei ao meu colega da Justiça.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Melo Barroto): — Diz que tendo o Governo feito a sua apresentação nas duas casas do Parlamento, cumpre o dever de vir a esta Câmara, responder a uma pregunnta que lhe foi dirigida durante o debate político, pelo Sr. Henrique do Vasconcelos.

Fez este Deputado considerações sobre a situação precária em que se encontram os funcionários diplomáticos e desejou saber qual a sua orientação^ern face do assunto.

Diário da Cama rã dos Deputa'

Ele, orador, poderia responder ao Sr. HeeHque de Vasconcelos, lendo algumas passagens do seu relatório do Orçamento "do Ministério dos Negócios Estrangeiros para 1916-1917, cm que definiu a sua opinião sobre a melhoria dos vencimentos desses funcionários, já então em desar-•monia com as responsabilidades das respectivas funções o com as exigências da vida nos grandes centros. Is?o relatório expôs o critério das zonas de carestia da 'vida, em que o Sr. Paul Deschanel, actual Presidente da República Francesa, dividiu o mundo, para justificar as modificações a fazer no tratamento dos funcionários de carreira, consoante as exigências dos meios eni que Cies exercem a sua acção, e acentuou a necessidade de se. estudar, entre nós, o assunto, sem demora, para _Çôr termo às anomalias existentes. Hoje agravadas extraordinariamente essas exigências,, não pode ter, como Ministro, uma opinitt) diversa da que tinha, há quatro anos, com%-relator do orçamento.

E assim é què^*M< proposta de lei de 'reforma do Ministério "^Negócios Estrangeiros, que tenciona aprèxPntar brevemente à Câmara, será melhoria a situação dos referidos funcionários s6^ au~ mcnto . de encargos para o Tesouro, Por~ que essa melhoria sairá duma larga fcvi-são das tabelas dos emolumentos cons\" lares, com alteração do modo de cobrança. Trata-se, porém, duma remodelação completa dos serviços diplomáticos e consulares, que, pela sua complexidade, talvez não possa ser apreciada nesta sessão legislativa, cujo termo se aproxima.