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a 36 biliões. Pelo menos os câmbios (Jescerarq. a pouco menos de metade. E assim devia ser, porque se é verdade que a. circulação fiduciária se triplicou, não è menos verdade que o volume total dp numerário apenas subiu pouco mais do dobro.

Q Sr. Cunha Liai: — Mas como é que V. JCx.^ sabe o numerário que então havia em França? Isso é muito difícil...

O Orador: — Porque colhi esses dados num livro recente dum professor da Sor-bonne...

Mas eu apresentei o caso apenas em relação ao meu país. porque só o caso do meu país estudei.

O Sr. Cunha Liai:—Mas é que V.Ex.'1 está a julgar uma cousa que' pode ser urna cpnsequênpia. . .

O Orador;—Na sciéacia não Ija pausas nem efeitos; na sciéncia ha íerió.me.-^qs correlativos.

Mas conip, já disse, desde 1909 até npssos dias, todos os factores que influem nos câmbios, com a exclusão do numerário em circulação, dão lugar a diferenças que não vão além de 10 por cento para mais ou para menos, abrangendo nesses factores tumultos, pânicos, guerras, etc. E,' pois, com isto qne devemos cpntar. E nesta ponformidaUe, eu consideraria como despesas ordinárias as que resultaram do 'plano atrás exposto', avaliadas em escudbs-puro. E como extraordinárias, as resultantes %das diferenças de câm-. bio que se -iriam extinguindo à medida que a' circulação se fosse reduzindq.

O Sr. Cunha Liai (aparte^,: — O pior é o assambarcamento de papel-moeda que se tem feito.

O Orador: — ; Que felicidade que ÍSS.P acontecesse! Ou teríamos uma inund.ação de cambiais ou uma inundação de géneros.

O Sr. JJlinistrp deis Finanças (Jnocêncio Oamacho): — Pois eu afirmo a V. Ex.a que existem muitos milharem de contos no estrangei-yo.

Diário da Gamara dos Deputados

O Orador: — Isse constitui uma anormalidade que os números não acusam. Se há muitas notas no estrangeire é porque nos venderam muitos, géneros ou muitas cambiais.

O Sr: Ministro das Finanças (Inoc.êncip Camacho): —; Se não fpi um jôgp dos Bancos estrangeiros!

O Orador: — Não me importo com o que se passa nos bastidores!"

Nós temos maneira, não só de fixarmos o câmbio, mas ainda de o estabelecer, fazendo com que as cotações se mantenham em volta das divisas previamente fixadas.

^Coino p-oderemos fazer isto?

Pedindo' sacrifícios, e V. Ex.a, Sr. Ministro das Finanças, tem razão de sobra para exigir esses sacrifícios.

V. Ex.:- sabe a contribuição que pagou ao Estado, durante a guerra, um indivíduo que tinha de rendimento 1-000$ em títulos da dívida públipa interna?

Um indivíduo nessas condições teria recebido do Estado, em 1914, 190 libras; em 1915, 145; em 1916., 135; em 1917, 111, «w 1918, 1.00; .«m 1919, 100; sw 1920, 33. Deixou, pois, de receber 516 libras que o Estado embolsou, pu sejam 15.400$ da moeda actual.

A classe .de cidadãos portu.gu.eses prestamistas dp Estado pagou à razão de 15.000$ por cada 1.CQO& de renda. Qs funcionários públicos estão q"uási nas mesmas pondições.

Estas duas classes pagaram, a primeira aproximadamente 600.000$ e a segunda 30Ç),QQO$.

E por isso quf p Sr. Ministro .das Finanças tem razão de sobejo para exigir às outras classes que também se sacrifiquem.

A nossa política financeira dq, guerra foi tam desastrosa e imbecil que, a p mesmo tempo que esmagava estas duas classes, deixava que outras, que melhor podiam pagar, se enriquecessem não só á custa das outras., más ainda 4 custa cio E.stadp, desvalorizando-lhe a moeda em que elas pagavam os seus tributos.

Não foram só estes os incpnveni.ent.es da nessa .desastrada pplítica financeira.