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Srs. Deputados proguntar do que se tra-tuvaj

O Sr. Presidente: — Tanto ó certo que a votação estava bem feita que em contraprova, foi confirmada. (Apoiados).

O Orador: — Não vale a peúa levantar tempestades num copo de água.

Não teuho intuito de melindrar seja quem for, mas não posso deixar de protestai* contra a forma como seguem os trabalhos da Câluafa, querendo -se como que aproveitar esta oportunidade para fazer passar um projecto em que, porven-tura> qualquer Sr; Deputado tenha empenho.

Trocam-se apartes.

Uma voz : — A quentão é dó votos.

O Õrâflòr: — Mãá slo esses votos que se não vêem.

O Sf. Presidente : — V • . JÊx.a hão póâe discutir deliberações tomadas,

í*eço-llie que se reporte à discussão do projecto.

Ò Orador-: — Acato a advertência de Vi Ex.a, pois ela está em harmonia com o regulamento da Câmara. Ressalvo, po-rêm> o direito que tenho em divagar sobre considerações que entenda dever íá-zer pára basear os argumentos que queira formular no decorrer da discussão, Não poderá V. Ex.a impedir-me disso, dosde que mó mantenha num campo "correcto i

Posso referir-me a -casos diversos, mesmo para ver se r.onêigo chamar a atenção da Câmara para as minhas palavras.

Ao ler o artigo 9.° faço a mim mesmo a feegninte proguhta :

Quem faz este regulamente?

Ê o Qovérno? E a Câmara ou são as comissões1?

'O Sr-. António Fonseca í -^ Ê o Go-

verno.

8© V. Ex.a õoníjeccss© a Constituição a£o formularia tais presuntas.

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O Sr» António Fonseca: — Deve V. Ex,a agradecer-me esta interrupção, visto que lhe proporciono assim uni pretexto para divagar que é o que, finalmente, V. Ex.a quere*

O Orador:—È dou efectivamente os meus agradecimentos.

Nós tomos efectivamente em Portugal uma das riquezas inais importantes -que há na Europa. Nós temos águas minerais que se comparam às melhores que existem cm todo o inundo e poua ó que ossa riqueza nacional nào tivesse ato hoje ninguém que a defendesse.

Nós nfto temos quási que uma única eãptagem feita devidamente; e contudo ã fiscalização que ato hoje se teni feito à essas águas ainda não levou à apresentação de qualquer medida para se remediar ô estado caótico em que sw tem vivido.

Agora aparece este remédio milagroso. Um indivíduo que faça o sacrifício de montar uma indústria, ou de ter uma casa industrial ou comercial perto duma estância balnear, tom de pagar mais Íõ por cento sobre a sua contribuição e o resultado ó que há-do ir cobrur essa sobretaxa ao banhista. E a vida nas estâncias feàlueáreâ, que já é cara, tornar-se há insuportável.

O Parlamento aprove, ^e gosta; mas Bêja^nie permitido que no meio tlcsta do^ có ássèmblea haja alguém que não concorde.

Arvoro-me em 'defensor dos frequentadores das estâncias balneares, porque o ffiéu espírito não compreendo que, de ânimo leve, nós, neste momento em que apregoamos as diírcuIdades da vida, 'estejamos a aprovar medidas que só rodua-dâm -no desaparecimento do turismo nas regiões que desejámos ver mais frequen-tadafe.

Temos na nossa riqueza de águas minerais verdadeiras jóias; mas é característico o abandono em quo algumas vivem, sem respeito absolutamente algum pelos contratos de exploração.