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Sessão de 3 de Dezembro de 1920

do Sr. Leio Portela devo ser considerado, por se tratar dum caso de consciência.

Nos taboleiros inferiores das pontes do Porto, há um preço diferente.

£ Então o que fazem?

Entram no Porto, por outro taboleiro, fazendo assim o desvio.

Não ó precisa uma lei especial de tri-butação ; o nílo admito quo se lancem impostos revertendo para os organismos administrativos mais altas importâncias, que para o Estado. (Apoiados).

Não posso compreender que isto suceda.

Eu bem sei quo as Câmaras podem lançar uma cota parte sobre as receitas gerais do Estado.

,;Mas porque não lançam maiores impostos?

Mas não lancem impostos à Ia diable, para estar a transformar a terra portuguesa, por circunstâncias locais, num re-gimo quo se interpõe a tudo, ato pelos palavras importação e exportação.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando forem devolvidas, revistas, as notas taquigráficas.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: sondo a, primeira vez que uso da palavra nesta casa do Parlamento, depois da eleição de V. Ex.;i para o mais alto cargo da Câmara, permita-mo que lho dirija as minhas saudações, não só porque isso representa uma homenagem justa que presto a um dos mais valiosos o prestimosos dos meus correligionários, mas ainda porque mo ligam a V. Ex.a laços antigos de amizade.

Cumprido assim o meu dever do correligionário o aniigo, o entrando no assunto para quo pedi a palavra, devo recordar a V. Ex.:i quo há muito tempo este lado da Câmara preconiza a necessidade do chegarmos a uma solução de concórdia entre todos os Partidos o Grupos quo nos permita do vez fixar a nossa atenção o estudo nos grandes problemas económicos, financeiros o sociais, relegando para se-guudo plano as questões exclusivamente políticas sob o estado pouco elovado om que tom sido colocados. E assim, sem querer entrar na apreciação da fornia, come

foi constituído este Governo, porque o assunto já foi brilhantemente tratado -na ocasião oportuna pelo leader do meu partido, devo todavia salientar a V. Ex,3 que o resultado obtido foi já um grande passo para que, conseguindo-so pelo menos a reconciliação de graúdo parto da família parlamentar, a nossa atenção incida especialmente sobre esses problemas financeiros, económicos o sociais.

Vai hoje começar o trabalho procedendo-se à eleição das comissões desta Câmara, o por isso entendo que não se devo descurar a maneira como elas deverão ser construídas, procurando organizá-las por um processo diferente daquele quo até hoje tem sido soguido, o que tem dado como resultado, por motivo dos necessários prévios entendimentos entre os diversos grupos que constituem a Câmara, quo não tenham feito parto das diferentes comissões todas as competôncias que para elas estavam naturalmente indicadas, ficando umas vezes excluídas cindo outras a fazer parte do comissões onde as suas qualidades de trabalho não podem manifestar se por nelas se sentirem deslocadas.

E também minha opinião quo a Câmara proceda de forma que todos os agrupamentos políticos, quo dela fazem parte sejam representados cm todas as comissões e cada um dó para essas comissões os seus melhores elementos, atendendo, muito embora, à proporção do representação que tGin nesta casa do Parlamento.

De resto, Cste princípio não tom nada de novo e sei mesmo que a comissão de Regimento que está estudando o a?sunto procura de facto quo esta doutrina vingue e seja aceita por todos.

Sabe V. Ex.a o a Câmara que é realmente nas comissões quo se deve produzir trabalho útil, sendo por isso necessário que todos, os Partidos nele colaborem, mas deu-se porém no período legislativo, que terminou há dias, o caso do dois ou trôs grupos parlamentares não terem tido representação nas comissões, não por culpa da Câmara, mas por causa 'de incidentes vários quo deram lugar a essa situação c que me dispenso agora de referir.