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Diário da Câmara dos Deputados

nientes pai a a Kepública em dar-se a amnistia aos presos políticos.

Mais nada.

O orador não reviu.

É rejeitada a questão prévia.

Eutra em discussão na generalidade, a proposta de lei sobre a amnistia.

O Sr. Orlando Marcai:—Sr. Presidente: porque S. Ex.a o Sr. Presidente do Ministério iniciou as suas considerações acêr-cíi desta momentosa questão por propugnar o princípio de, que nela se deve mantor a maior serenidade e elevação, quero afiançar ao seu conturbado espírito que vou proceder, como sempre, nessa conformidade.

Também o mesmo orador salientou a necessidade de haver o devido respeito para com as opiniões antagónicas, como se estivesse acostumado a ver menosprezar a liberdade de opinião neste ambiente, o que me dá jus a reclamar para o meu discurso a inteira atenção que merecem as expressões dos que somente sabem apregoar a verdade. (Apoiados).

Sr. Presidente: com o desassombro o a altivez que têm sido as mais orgulhan-tes qualidades da minha vida de lutador de ideas, declaro terminantemente que por brio e pundonor políticos não votarei a concessão da amnistia aos criminosos inimigos do regime republicano, porque entendo que é a maior afronta que podemos dirigir, neste momento, aos princípios que dizemos representar neste lugar. (Apoia-dos). (Não apoiados).

Sussurro.

Embora preveja e pressinta que a atmosfera que me envolve não é a mais lisonjeira e carinhosa para as minhas afirmações, nem assim deixarei de, ao sopro da minha inflamada sinceridade, lavrar o meu mais veemente protesto contra essa prova de abdicação, a mais injustificada, daqueles que se dizem republicanos, ante os monárquicos que hão-de tripudiar sobre esta dementada generosidade que pode ser fatal ao próprio regime. (Apoiados). (Não apoiados).

Os espíritos doentios e dessorados desta pobre terra da qual hão-de ser os coveiros, rião sei se por inconsciência, se por maldade (Apoiados), (Não apoiados) todos se aprestam nos vários meios onde deambulam grotescamente a conclamar que é esta

a única oportunidade de conceder a amnistia aos presos políticos, visto tra1ar-se da homenagem a prestar aos heróis desconhecidos, e daí a minha maior oposição e discordância, pois que entendo irmos com os se gesto escarrar na memória de todos os heróis que pela sua Pátria caíram nos campos da batalha. (Apoiadcs). (Não apoiados).

Sussurro.

Sim, senhores, deixem a obsessão em que andam mergulhados, reflitam como homens de verdade, beijem com o pensamento a sua consciência adormecida, despertem-na, o concluirão, como eu., e como os colegas que nesta hora represento e que arregimentados em diversos agrupamentos políticos me deram o honroso encargo de orientar este debate, que as ossadas sagradas daqueles obscuros soldados que agora vão a caminho das pomposas consagrações se agitarão revoltadas nos ataúdes, amaldiçoando os que num gesto de cobardia ou do agrado possam libertar precisamente os que fugiram sempre a cumprir os seus devores do portugueses, no esforço e na honra a dar ao nosso génio e às nossas tradições de glorie. (Apoiados).

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A resposta está no íntimo de todos. Vai incidir unicamente nos que fizeran e apregoaram o defcctismo da guerra, quando o orgulho de todos nós, a nossa honra c o nosso futuro, a própria integridade nacional estavam à prova dos sacrifícios dos seus filhos c que vendo quais as suas rés-ponsabilidades fomentaram e organizaram a mais sórdida traição, deixando ao abandono a Pátria e os seus soldados, vítimas da sua ignara pusilanimidade, (Apoiados).

Quem sabe mesmo se esses dois heróis desconhecidos, arrancados aos rasos e tranquilos covais da Flandres e da África, não tombaram, nas vascas da morte, e no campo da luta, mercê exclusiva da obra criminosa dos que se pretendem amnistiar. (Apoiados).